Foi num dia 3 de julho que tudo começou para a Passaredo e, novamente no mesmo dia do ano, 25 anos depois, tudo está recomeçando. Hoje como VOEPASS Linhas Aéreas, a empresa retoma voos no sul e sudeste do Brasil após 100 dias de parada em razão dos bloqueios à mobilidade impostos pela pandemia.
Nesse retorno, a empresa dá novo pontapé inicial a destinos como Ribeirão Preto, Guarulhos e Rio de Janeiro. Já no norte do pais, serão voos em 10 destinos: Manaus, Parintins, Itaituba, Altamira, Belém, Eirunepé, Carauari, Coari, São Gabriel da Cachoeira e Lábrea.
Veja que vídeo bacana a empresa preparou para seu retorno:
Um pouco de história
Tudo começou em 3 de julho de 1995 na cidade de Ribeirão Preto, quando a tradicional Viação Passaredo criou seu braço aéreo regional operando um punhado de aviões Embraer 120 Brasília.
Alguns anos depois, logo após a implantação do Plano Real, um acordo com operadoras turísticas resultou em dois Airbus A310 pintados nas cores da empresa para fazer voos fretados ao Nordeste e Caribe. A aventura conjunta durou poucos anos, até que a crise do dólar e do petróleo a tornasse inviável.
Em 2002, as coisas não estavam bem e as atividades foram paralisadas, mas voltaram em 2004 com cara e abordagem novos, já independente da Viação Passaredo. Uma aeronave Embraer 120 era usada em voos regionais.
O período de maior crescimento da história da empresa viria mais adiante, em 2008, quando mais Brasílias chegaram, junto com os jatos Embraer 145 e 135. Foi uma época dourada do ponto de vista operacional quando 17 jatos Embraer chegaram a operar na frota. Por outro lado, do ponto de vista financeiro, algo não ia bem e a Passaredo acabou por recorrer ao Tribunal de Recuperação e Reorganização Comercial de Ribeirão Preto em 19 de outubro de 2012, para o início de um processo de “recuperação judicial”.
Com isso, foram embora os jatos e a empresa buscou por novas parcerias com as grandes empresas aéreas nacionais, começando a incorporar aeronaves ATR e atuar como feeder line das parceiras. Em 2017, a justiça determinou que a recuperação judicial estava resolvida.
Desde então, a operação é dividida entre as parcerias e as operações independentes, como é o caso das operações no norte do país, feitas pela MAP, comprada em 2019. A frota conjunta é de 16 ATR-42/72.