NOTA: Este texto foi atualizado, pois, apesar da história no The Aviation Herald falar sobre a retração manual do trem de pouso, o jato Embraer E190 não permite essa ação.
Um problema com um avião Embraer 190 nesta sexta-feira, 10 de fevereiro, fez com que os pilotos precisassem resolver um problema com o recolhimento do trem de pouso e desviassem o voo de volta para a origem após a realização de 12 órbitas.
Conforme relata o The Aviation Herald, o E190 envolvido foi o registrado sob a matrícula VH-UZH, da companhia aérea australiana Qantas, quando realizando o voo QF-1960, que partiu de Darwin e voaria para Alice Springs, ambas cidades na Austrália.
O jato decolou da pista 29 de Darwin, porém, nos minutos iniciais da subida, a cerca de 3.000 pés de altitude, os pilotos informaram ao controlador de tráfego aéreo que não podiam retrair o trem de pouso.
A aeronave foi mantida a cerca de 3.000 pés até que, alguns minutos depois, os pilotos informaram que conseguiram recolher o trem de pouso e queriam continuar subindo, enquanto entravam em contato com a empresa sobre o que fazer.
Pouco depois, quando o Embraer 190 estava no nível de voo de 13.000 pés, os pilotos pararam a subida novamente e iniciaram uma sequência de órbitas (trajetórias circulares de espera em voo).
Após 12 órbitas realizadas, que corresponderam a pouco mais de 1 hora de espera, possivelmente para consumo de combustível visando à redução do peso para o pouso, o E-Jet foi levado de volta para Darwin, onde o pouso foi completado em segurança, na pista 29, cerca de 90 minutos após a decolagem.
Segundo o The Aviation Herald, a companhia aérea informou apenas que a aeronave retornou devido a um problema de engenharia. Porém, um passageiro relatou que a tripulação anunciou que não pôde retrair automaticamente o trem de pouso e que o fizeram manualmente, no entanto, como não seria possível realizar manutenção em Alice Springs, a decisão foi pelo retorno a Darwin.
Vale ressaltar que, provavelmente, o que os pilotos informaram aos passageiros é que precisaram fazer procedimentos manuais de verificação dos sistemas, que resultaram na normalização do funcionamento da retração, já que normalmente as aeronaves possuem apenas sistema manual de extensão de trem, e não de retração.
Até a publicação dessa matéria, pouco mais de 24 horas após o pouso, a aeronave permanecia fora de operação e ainda não havia informações conhecidas sobre qual foi o problema que levou à impossibilidade de recolhimento automático do trem de pouso.