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Portuguesa Hi Fly faz um dos mais longos voos do A340, de 16 horas e pela Antártica

A340 da HiFly – Foto de Kamezukakofun via Wikimedia Commons

A empresa aérea portuguesa Hi Fly, especializada em fretamentos de aeronaves de grande porte, tem voado como nunca nesse período de exceção imposto pela pandemia do novo coronavírus. Além de realizar operações em nome de diversas outras empresas aéreas e de governos, os portugueses acabaram de fazer aquele que talvez seja seu mais longo voo e um dos mais longínquos operados pelo Airbus A340.

Segundo uma publicação em seu perfil no LinkedIN, a empresa aérea diz que está fazendo história, após realizar uma operação de repatriação de australianos que estavam presos no Uruguai. O voo em questão, operado pelo Airbus A340 de registro 9H-SUN durou 16 horas e 16 minutos para cobrir as 6.700 milhas náuticas entre Montevideo e Melbourne.

Os passageiros estavam numa expedição à Antártica, seguindo os passos do explorador Sir Ernest Shackleton, mas acabaram presos quando as fronteiras começaram a ser fechadas mundo afora.

“Um dos mais longos voos de passageiros de todos os tempos com um Airbus A340 voou para o sul e oeste por sobre a fronteira da Antártida, uma rota que, provavelmente, os astronautas da Estação Espacial Internacional foram as únicas e mais próximas pessoas a eles”, disse a empresa, se referindo à distância que o avião estava de outros pontos habitados.

Hi Fly já voou à China

Em 28 da março, a Hi Fly já havia operado um voo para a China com objetivo de buscar carga humanitária para Portugal, como forma de ajuda no combate ao coronavírus.

O voo sem escalas de Xangai para Lisboa durou 13h34m, percorreu 11300 km e foi pilotado pelo vice-presidente da HiFly, comandante Carlos Mirpuri. “Tive o privilégio de ver novamente como as equipes são excepcionais. Eles ajudaram de todas as maneiras possíveis a preparar a aeronave. Estou imensamente orgulhoso e profundamente agradecido”.

Durante a crise global em andamento, as equipes da Hi Fly vêm realizando voos de repatriação e carga em todo o mundo. A missão Xangai-Lisboa foi fretada pela Fundação Mirpuri, uma organização filantrópica, liderada pelo presidente da HiFly, Paulo Mirpuri. 

Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.