O presidente da Emirates, Tim Clark, enfrentou críticas após seu nome ser incluído na lista de patrocinadores internacionais da guerra pela Agência Nacional da Ucrânia para a Prevenção da Corrupção, informou o site suíço aeroTELEGRAPH.
Isso porque Clark é Conselheiro da empresa DP World, dos Emirados Árabes Unidos, que foi adicionada à lista devido a um acordo firmado com a Rosatom, a Agência Federal de Energia Atômica da Rússia, que tem por objetivo definir ações para contornar as sanções impostas contra a Rússia desde 2014 – quando houve a invasão da Crimeia.
Esta foi a justificativa usada pela Agência Nacional da Ucrânia para a Prevenção da Corrupção para incluir a DP World na recém-criada lista de apoiadores de guerra internacionais, bem como seus Conselheiros de Administração.
Conforme estabelecido, a DP World vai ajudar a Rússia a expandir sua rota marítima do norte, que possui mais de 5.600 quilômetros de extensão indo de Murmansk a Vladivostok, através da margem norte do país à sua costa Pacifica. Além das atividades econômicas, a Rosatom é responsável pela usina nuclear ocupada de Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia. Ao mesmo tempo, controla a indústria nuclear civil e militar da Rússia, com suas 350 empresas.
De acordo com a lista, que não possui efeito legal, mas tem fins reputacionais, as empresas incluídas são aquelas que fornecem bens, participam de campanhas de propaganda ou pagam tributos para a Rússia e não se mostram favoráveis a deixar de fazer negócios com o país de Vladimir Putin.
Essa não é a primeira vez que Clark participa de emprego de meio período em conselhos administrativos, mas, com esta acusação de patrocinador de guerra internacional, autoridades ucranianas esperam que ele reconsidere seus envolvimentos externos.
