Reunião na PF aborda atuação dos órgãos de segurança e defesa nacional nos aeroportos, portos e fronteiras

Imagem: Polícia Federal

A Polícia Federal (PF) informa que uma reunião estratégica realizada na tarde da última sexta-feira, dia 3 de novembro, em sua sede, com seus representantes e também os da Receita Federal, Polícia Rodoviária Federal e das forças armadas brasileiras (Exército, Marinha e Aeronáutica), discutiu a atuação de cada um dos órgãos em aeroportos, portos e fronteiras, conforme determinação do Governo Federal.

Na ocasião, foram apresentados, pelos representantes das forças envolvidas, a forma de emprego e colaboração entre as instituições em prol do fortalecimento do combate ao crime organizado, tráfico de armas e drogas, contrabando e descaminho e outros delitos transfronteiriços nos locais estabelecidos pelo Decreto nº 11.765, de 1º de novembro de 2023.

Cada um dos órgãos vai elaborar planos próprios para implementar as diretrizes programáticas estabelecidas na reunião, utilizando os recursos disponíveis nas áreas de interesse operacional.

Operação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO)

Como vem sendo mostrado pelo AEROIN, o Exército Brasileiro fará parte da segurança dos dois principais aeroportos internacionais do país: o de Guarulhos, em São Paulo, e do Galeão, no Rio de Janeiro. O apoio da força terrestre foi decretado pelo Presidente Lula no dia 1º de novembro, em um pacote para tentar conter a crise de segurança que o Rio sofre há décadas, assim como evitar um alastramento e episódios similares ao de Salvador.

Assim, foi decretada a Operação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), na qual as Forças Armadas são utilizadas para combater crimes cometidos por civis dentro do território brasileiro.

Ao contrário das operações anteriores, que foram em sua maioria no Rio de Janeiro, próximo ou dentro de comunidades dominadas por bandidos, esta GLO focará nas fronteiras, inclusive os aeroportos internacionais.

O governo federal não descarta a possibilidade de acrescentar a operações em portos e aeroportos de outros estados, além de São Paulo e Rio de Janeiro. A informação foi prestada pelo ministro chefe da Casa Civil, Rui Costa. Se for identificada necessidade de incorporar mais aeroportos e portos, serão incorporados, afirmou Costa.

A GLO decretada pelo governo restringe-se a áreas de controle federal, abrangendo, em São Paulo, o aeroporto de Guarulhos e o porto de Santos e, no Rio de Janeiro, o aeroporto do Galeão e os portos de Itaguaí e da cidade do Rio de Janeiro. “Não acontece em bairros, ruas e comunidades”, enfatizou o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino.

Dino também assinalou que as operações das Forças Armadas, da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança não interferem na atuação das forças de segurança dos estados. “Nós não vamos substituir polícias estaduais”, assegurou. 

Além da GLO em três portos e dois aeroportos, o governo anunciou medidas de maior fiscalização nos 2.300 quilômetros de fronteiras nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e do Paraná – inclusive o Lago de Itaipu.

Nessas áreas, não é necessária a decretação de GLO para atuação das Forças Armadas. Ao todo, 3,7 mil homens do Exército (efetivo de 2 mil), Marinha (1,1 mil) e Aeronáutica (600) deverão ser mobilizados de acordo com os respectivos comandos.

Na avaliação do governo, ações de vigilância e inteligência nos aeroportos, portos e áreas de fronteira indicados são necessárias para atacar a capacidade logística das facções criminosas e para investigação sobre circulação de capital e lavagem de dinheiro, e para a recuperação de ativos.

Com informações da Polícia Federal e da Agência Brasil

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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