Movimentos já se mobilizam para a ocupação da área do Aeroporto do Carlos Prates caso ele seja desativado do uso da aviação.
Inicialmente uma fazenda, o terreno do Aeroporto do Carlos Prates foi doado pelo empresário Alípio de Melo na década de 1940 a fim de construir um segundo aeroporto na cidade para atender a formação de pilotos na capital mineira, que hoje é a cidade que mais forma pilotos no Brasil.
Ao longo dos anos, por falta de planejamento urbano, a cidade cresceu de maneira desordenada e o aeroporto foi tomado em volta por vários bairros residenciais, além do próprio Anel Rodoviário.
Hoje, está posto um plano para a desativação do Aeroporto no dia 1º de abril, com a Prefeitura alegando que a área será destinada para construção de moradias sociais e um parque, podendo também receber um sambódromo e ampliação de hospital.
No entanto, a realidade é outra, como o AEROIN apurou com exclusividade. Imagens recentes mostram grupos de motoqueiros fazendo manobras na pista de skate que fica dentro do sítio aeroportuário, que era para ser uma área de lazer, mas está abandonada, com sujeira e sendo constante alvo de vandalismo, além de ser um ponto para a criminalidade.
No outro lado do aeroporto existe um campo de futebol que, durante o dia, chega a receber partidas de futebol amador, mas uma guarita próxima da Avenida Itaú, que deveria controlar o acesso, está quebrada e abandonada. Estas áreas são de responsabilidade da prefeitura.
Ocupações
Em um Grupo de Whatsapp de moradores que são a favor da desativação do aeroporto, algumas mensagens às quais o AEROIN obteve acesso, mostram a organização de um protesto por “Coletivos de Luta pela Desativação do Aeroporto Carlos Prates” para o próximo sábado, dia 25, durante uma reunião do Clube de Escoteiros que funciona na entrada do aeroporto, com a presença de várias crianças.
Em outras mensagens, que circulam na rede social, o mesmo grupo de moradores debate sobre “Ocupações Pacíficas” da área do Aeroporto, incluindo projetos encabeçados pelo MST, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.
Os planos poderiam compreender o uso do espaço por ocupações do MST e também que as moradias sejam destinadas ao pessoal que compõe o movimento no estado de Minas Gerais.
Até o momento, apenas o fechamento do Aeroporto está tido como certo, mas a destinação imediata da área e a responsabilidade sobre ela ainda não foram definidos.
