Se por criatividade ou desespero (ou as duas coisas), a companhia tailandesa Thai Airways tem se mostrado muito eficiente na busca por fontes de renda alternativa para sobreviver à crise. Depois de transformar um dos de seus escritórios em Bangkok em restaurante e vender ingressos para que pessoas comuns possam usar o simulador de voo oficial da empresa, agora a aérea investe em algo ainda mais inusitado: a venda de comida nas ruas.
O quitute vendido pela companhia é o Patongo Thai Airways. O patongo (ou patong ko) é uma iguaria asiática, basicamente uma massa frita que pode ser doce ou levemente salgada. O lanche é um dos mais populares servidos nos voos da companhia. Por essa razão, a empresa montou barracas em cinco pontos movimentados de Bangkok, a capital do país, em que anuncia ser possível matar a saudade da guloseima de bordo durante pandemia.
O diário tailandês Bangkok Post informou que as pessoas formam filas para comprar os patongos, sobretudo durante as manhãs. O petisco é popularmente consumido no café da manhã na Tailândia. Cada caixa com três unidades, acompanhada por molho de batata doce e creme de ovo, custa 50 Baths tailandeses, o equivalente a US$1,60 (R$9,00), aproximadamente. O jornal informa que o negócio deu tão certo que a Thai Airways pretende abrir uma franquia permanente do serviço.
Em setembro, a empresa viu entrar no caixa mais de US$ 315 mil apenas com a venda de patongo.
O dinheiro vai para os cofres da companhia aérea, que atravessa uma grande crise econômica, mesmo após o recebimento de auxílios do governo. De acordo com o jornal Thai Enquirer, a Thai Airways não tem sido lucrativa desde 2012 e entrou com pedido de recuperação judicial no Tribunal de Falências do país em maio deste ano. O governo tailandês reduziu sua participação na gestão da companhia para menos de 50% e o processo de reestruturação deve levar a corte de rotas e de funcionários.