Suposto desentendimento por conta de xícara de chá deixou passageira de 74 anos com olho roxo durante voo

Airbus A320 da JetBlue – Imagem: Tomás Del Coro / CC BY-SA 2.0, via Flickr

Em uma recente ação judicial apresentada em um tribunal do distrito de Nova Iorque, nos Estados Unidos, Angela Siddell, uma aposentada com 74 anos que já trabalhou como comissária de bordo, afirma ter vivido um pesadelo durante um voo da JetBlue que partiu do Aeroporto JFK de Nova Iorque para a Costa Rica. A situação teria ocorrido devido a uma disputa sobre uma xícara de chá descartada, resultando em lesões físicas e na ação legal contra a companhia aérea.

Siddell, avó de quatro netos, havia planejado férias na Costa Rica em outubro passado para celebrar, junto ao seu esposo, sua aposentadoria. Os problemas começaram quando, durante o voo de cinco horas, Siddell decidiu tomar uma xícara de chá. Após terminar a maior parte do chá, ela foi ao banheiro enquanto os comissários de bordo recolhiam o lixo na cabine.

Infelizmente, os comissários de bordo não viram a xícara de Siddell, então ela decidiu levá-la para a galley (cozinha) traseira. Quando a passageira chegou à cozinha, não conseguiu encontrar uma lata de lixo para a xícara, então a deixou na bancada para que uma comissária de bordo pudesse descartá-lo quando voltasse para a cozinha.

Ao retornar ao seu assento, Siddell se viu acusada por uma comissária de bordo de colocar a xícara de chá na área de preparo de alimentos. Apesar das tentativas de explicar a situação, Siddell foi confrontada com o que ela descreveu como uma “maneira verbalmente agressiva” por parte da comissária de bordo. Ela tentou registrar uma reclamação e pediu o número de identificação da comissária de bordo, mas o pedido foi recusado.

Siddell pediu então o nome do comandante, uma prática comum em sua compreensão. No entanto, os comissários de bordo também se recusaram a fornecer essa informação. Enquanto tentava documentar sua reclamação em um saco de enjoo, Siddell supostamente enfrentou agressão física por parte da equipe.

De acordo com a ação civil de Siddell, uma comissária de bordo agarrou sua cintura, enquanto outra a empurrou várias vezes nas costas, fazendo com que sua cabeça batesse violentamente em uma porta da aeronave. Posteriormente, ela foi algemada, com pressão aplicada ao seu torso, dificultando a respiração. Ela afirma que reclamou das dificuldades respiratórias, mas suas preocupações foram ignoradas. O voo foi desviado para o Aeroporto de Orlando, onde ela foi entregue à polícia do aeroporto.

Siddell alega ter ficado com um olho roxo, ombro inchado, pulsos machucados e lesões em ambos os braços. Ela está processando a JetBlue com base nas disposições da Convenção de Montreal, que responsabiliza rigorosamente as companhias aéreas por lesões sofridas por passageiros a bordo de voos internacionais.

A JetBlue ainda não respondeu aos pedidos de comentário sobre a ocorrência, conforme noticiou o Paddle Your Own Kanoo.

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Juliano Gianotto
Juliano Gianotto
Ativo no Plane Spotting e aficionado pelo mundo aeronáutico, com ênfase em aviação militar, atualmente trabalha no ramo de fotografia profissional.

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