Taiwan quer avaliar se a vida útil de vários de seus caças Dassault Mirage 2000-5 pode ser estendida por muitos anos, por razões estratégicas e para mitigar as consequências do atraso na entrada em serviço do F-16V.
De acordo com a agência de notícias Focus Taiwan, a Força Aérea da República da China (ROCAF) anunciou que procurou a fabricante francesa de aviões Dassault Aviation para ajudá-la a avaliar a possibilidade de estender a vida útil de nove de seus caças Dassault Mirage de dois lugares.
Taiwan adquiriu uma frota de 60 caças Mirage a partir de 1997 e agora eles estão entrando em uma fase avançada de seu ciclo de vida, impactando negativamente os custos operacionais da frota, já que o custo de manutenção e reparo desses caças supera o das outras aeronaves utilizadas pela Aeronáutica.
Informou o Aviacionline, que a ROCAF contratou a Dassault (fabricante original do modelo) por 4,77 milhões de dólares, para avaliar se nove de suas aeronaves Mirage de dois lugares poderiam continuar a servir Taiwan por mais 20 anos. A avaliação deve ser finalizada em julho de 2026.
De acordo com uma fonte militar, Taiwan quer estender a vida útil de alguns dos aviões de dois lugares, em parte porque eles podem ser usados tanto para missões de combate regulares quanto para sessões de treinamento para novos recrutas, dando à ROCAF alguma flexibilidade.
Taiwan comprou 66 novos caças F-16V dos Estados Unidos, mas ainda há dúvidas se podem ser entregues a tempo, já que as primeiras entregas deveriam começar no final do ano, mas a empresa Lockheed Martin informou que o primeiros aviões chegarão à ilha durante o terceiro trimestre de 2024.
Se Taiwan retirasse toda a sua frota de Mirage-2000-5 sem o apoio de um número suficiente de caças F-16V dos EUA, isso poderia deixar uma lacuna muito perigosa na rede de defesa aérea. É por isso que o ROCAF está considerando manter alguns de seus caças franceses operacionais.