Três macacas de espécies ameaçadas de extinção voam em avião da Latam de Manaus a São Paulo

Imagem: DepositPhotos

A LATAM informa hoje que três fêmeas primatas das espécies Macaco-Barrigudo (Lagothrix cana) e Macaco-Aranha-de-Cara-Vermelha (Ateles paniscus) receberam um novo lar nesta última quinta-feira, dia 6 de julho.

Elas foram transportadas gratuitamente do Aeroporto de Manaus para o de São Paulo/Guarulhos pelo programa Avião Solidário da LATAM, que há mais de 10 anos coloca à disposição da América do Sul toda a sua experiência logística e conectividade para o transporte gratuito de pessoas, animais e cargas em emergências de Saúde, Meio Ambiente e Catástrofes.

Segundo a companhia, as fêmeas foram embarcadas em um voo da LATAM que partiu de Manaus às 10h45 (hora local) e pousou em São Paulo/Guarulhos às 15h40 (hora local). Segundo dados consultados pelo AEROIN, tratou-se do voo LA-3561, realizado pelo Airbus A320 de matrícula PR-MYX.

O transporte das macacas de Manaus tem a finalidade de preservar as duas espécies ameaçadas de extinção. As três primatas, sendo duas da espécie Macaco-Barrigudo e uma Macaco-Aranha-de-Cara Vermelha, eram domesticadas ilegalmente e receberam, a partir de maio deste ano, cuidados da unidade em Manaus do CETAS (Centro de Triagem de Animais Silvestres), do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

Filhote fêmea de Macaco-Barrigudo – Imagem: Samuel Machine / CETAS IBAMA

O envio das fêmeas para o Estado de São Paulo tem como objetivo integrá-las a famílias de primatas das mesmas espécies que já residem no Parque Ecológico Municipal da cidade de São Carlos.

A instituição no interior paulista integra o Programa de Manejo Populacional Ex-Situ Brasileiro de Primatas Amazônicos Ameaçados, que visa manejar e estabilizar grupos viáveis de Macaco Barrigudo e de Macaco Aranha em cativeiro, mantendo um sequenciamento genético adequado.

Após a chegada ao aeroporto, foram transportadas por via terrestre para o novo lar, em São Carlos. Nos próximos dias, elas devem passar por novos exames antes de serem introduzidas às novas famílias.

A disponibilização do transporte aéreo dos animais evitou um deslocamento terrestre de mais de 3,6 mil quilômetros entre as duas instituições, reduzindo para aproximadamente cinco horas um percurso que levaria 55 horas via terrestre, que geraria estresse e cansaço desnecessários aos animais.

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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