Na última terça-feira, dia 18, o Tribunal de Primeira Instância de Curaçao decretou a falência da United Caribbean Airlines B.V. e da JetAir Caribbean B.V., que operam conjuntamente sob a marca JetAir.
JetAir é a principal transportadora aérea com base em Aruba, Curaçao e Bonaire, operando aeronaves a jato e oferecendo serviços regulares e charter de e para várias ilhas e destinos internacionais, incluindo Curaçao, Aruba, Bonaire, Jamaica, República Dominicana, Haiti, St. Maarten, Suriname e Colômbia. No entanto, a empresa enfrentou desafios significativos desde o início da pandemia de COVID-19, logo após obter as autorizações necessárias em novembro de 2019.
Após a pandemia, JetAir retomou suas operações com força, oferecendo voos para Curaçao, Colômbia, Jamaica, República Dominicana, Haiti e St. Maarten. No entanto, a concorrência crescente das companhias aéreas locais, como Winair e Z Air, juntamente com o surgimento da companhia de baixo custo Arajet e a expansão da Sky High, começaram a impactar suas operações limitadas, informou o Aviacionline.
Além disso, a manutenção da frota de Fokker 70 tornou-se financeiramente exigente, levando a empresa a retirar uma aeronave de serviço para ser utilizada como fonte de peças de reposição. Nos últimos meses, a empresa vinha explorando a transição para turboélices ATR 42/72 ou jatos regionais, como os CRJ e ERJ.
Segundo o Expreso Curaçao, a companhia aérea registrou perdas de 2 milhões de florins arubanos (ANG), equivalente a 1,1 milhão de dólares, durante o primeiro quadrimestre de 2024.
O mesmo veículo de comunicação informou que a administração decidiu suspender as operações e manter em solo sua única aeronave Fokker 70, registrada como PJ-JAB. Nesta fase inicial, a empresa deverá comunicar a situação aos passageiros, funcionários e outras partes interessadas, além de tomar medidas para armazenar seus ativos e avaliar a viabilidade de retomar os voos no curto prazo.
A situação da JetAir se soma às dificuldades enfrentadas por outras companhias aéreas do Caribe, como a Air Antilles e a LIAT, embora ambas tenham conseguido se reerguer com o apoio de novos investidores.
Leia mais:
