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Um dos exemplares mais antigos do modelo Airbus A380, e o único na história a ser baseado em Portugal, pode nunca mais voltar a decolar.
No ano passado anunciamos aqui no AEROIN que o único Airbus A380 da companhia aérea portuguesa HiFly, que também foi o único exemplar do modelo a ser disponibilizado para aluguel no mercado aéreo, estava saindo de serviço definitivamente.
O jato de número de fabricação 006, que, apesar de ficar baseado em Beja (Portugal), utilizava a matrícula 9H-MIP através da divisão da companhia em Malta, foi levado para a sede da Airbus em Toulouse (França) no dia 17 de dezembro, fazendo rasantes após a decolagem de Beja e desenhando um coração no radar em seu voo de despedida.
Na França, foi completamente pintado de branco, perdendo sua famosa pintura de “salve os recifes” com cores diferentes em cada lateral da fuselagem, e então partiu em 24 de janeiro para um translado até Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.
No país do Oriente Médio o gigante avião permaneceu até 15 de março, sem maiores detalhes sobre qual o motivo da ida até lá, e então decolou de volta para Toulouse, porém, dessa vez para uma rápida passagem de apenas um dia.
Na última terça-feira, 16 de março, o A380 partiu às 13:24 (horário local) para um voo de aproximadamente 26 minutos até o Aeroporto Tarbes Lourdes Pyrénées, em Tarbes, na França, onde agora tem seu futuro incerto.
The last flight for 9H-MIP ? This #Airbus #A380 msn 006 just left Toulouse for Tarbes, probably to be scrapped… 😔 #AvGeek pic.twitter.com/cQzSUHqIuG
— Aviation Toulouse (@Frenchpainter) March 16, 2021
O local é muito conhecido na aviação mundial por ser destino de armazenamento de aviões fora de operação, tendo recebido muitos deles neste período da pandemia, mas é também lá onde ocorrem desmontagens de jatos aposentados, já que existe uma base da TARMAC Aerosave, empresa especializada em preservação e desmontagem de grandes aviões, como o Airbus A380.
O fim para o superjumbo agora parece ser mais evidente, já que o cenário global atual é desfavorável devido à pandemia, e um possível mercado de segunda mão após a pandemia melhorar também parece inviável por ser um dos mais antigos exemplares da família A380, não sendo uma opção interessante frente a outros mais novos que estão à disposição no mercado.
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