O cancelamento do pedido da maior cliente do 737 MAX 10 pode ser uma realidade, que agora não depende apenas da Boeing.
Desde que o acidente com o 737 MAX 9 da Alaska Airlines ocorreu no início do ano, ficou claro que a Boeing ainda passa por problemas na produção, e que a certificação do MAX 7 e MAX 10 iriam atrasar outra vez.
A United então já começou a considerar um plano de frota para 2026 sem o maior 737 já feito, o MAX 10. Ao mesmo tempo surgiram rumores que a companhia aérea pode desistir dos 277 pedidos para o modelo.,
A companhia aérea é a segunda maior cliente da família MAX, ficando atrás apenas da concorrente Southwest. A United é por enquanto a cliente lançadora da versão MAX 10, assim como a maior operadora do modelo.
A oportunidade que surgiu com o fim da tentativa de fusão da JetBlue com a Spirit, foi confirmada agora pela United, pela primeira vez.
Durante uma conferência hoje organizada pela JP Morgan, Scott Kirby, CEO da United, esclareceu a situação complica que a companhia aérea tem com a sua mãe, a Boeing, que fundou a empresa a quase 100 anos atrás.
“Por mais que eu goste que as entregas sejam feitas, não é um problema de 12 meses, sim de duas décadas. O A321neo é possível, mas apenas se tivermos um negócio onde o valor funcione”, indicando que o problema com a Boeing é maior que se imagina, mas que só fechará negócio com a Airbus se isso gerar uma economia para a empresa, de maneira direta ou indireta.
Hoje a United tem 6 jatos A321neo em operação, além de 174 encomendados, incluindo a versão de ultra longo alcance, a XLR, que deverá substituir os antigos Boeing 757-200.
A empresa também tem encomendado e recebido os 737 MAX 8 e MAX 9, com atrasos como esperado. E Kirby também falou sobre isso: “Pedimos para a Boeing para parar de fabricar MAX 10 para nós, e adiantar a montagem dos MAX 9, e se e quando o MAX 10 for certificado, trocarmos de volta”, disse o CEO como informa a FlightGlobal.
Vale destacar que Kirby ainda diz que a empresa espera ter o MAX 10, mas a desconfiança é grande a ponto de duvidar da certificação da aeronave. Os recentes incidentes com aviões da Boeing com a United também não ajudam a situação da fabricante:
