O Aeroporto Carlos Drummond de Andrade, também conhecido como Pampulha, na capital mineira, deverá ter um novo terminal de passageiros, mas não para voos comerciais.
O aeroporto mais central da capital mineira foi concedido à iniciativa privada em outubro de 2021, sendo que a CCR foi a vencedora do leilão por R$ 34 milhões. Com isso, o grupo será responsável pela administração do aeroporto até 2041.
Notadamente, a CCR é uma das acionistas do BH Airport, concessionária formada também pela Zurich e Infraero, que administra o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, onde está concentrado o tráfego de passageiros da Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Após a vitória no certame, muito se falou que a CCR poderia estar interessada em operar voos comerciais na Pampulha, uma demanda antiga de parte de moradores de BH. No entanto, desde o início, a empresa já dava sinais de que não iria querer dividir o tráfego de aviões comerciais da cidade em dois aeroportos.
Atualmente, são permitido os voos comerciais regulares na Pampulha, desde que o destino seja algum aeroporto regional dentro ou fora do estado. A GOL, por sua vez, tentou emplacar a rota São Paulo – Juiz de Fora (Zona da Mata) – Pampulha, mas foi cancelada por falta de passageiros, que preferiam ir para Confins do que encarar a escala no sul do estado.
Como uma nova evolução do processo, o Governo de Minas Gerais divulgou hoje projeções de um novo terminal, com reformulação da praça do aeroporto, que seria modificada e ganharia uma nova rua conectando a calçada à Rua General Aranha, onde hoje é a entrada do estacionamento destinado à funcionários da CCR.
O novo prédio contará com dois andares, um edifício garagem integrado para 580 vagas, sala VIP, ambiente para reuniões e uma sala de embarque para os voos executivos, que são o grande foco da Pampulha hoje. Um dos grandes gargalos da operação comercial no aeroporto era o terminal, com uma sala de embarque pequena, que não suporta mais do que dois embarques simultâneos.
Este projeto ainda está em fase preliminar e faria parte do investimento de R$151 milhões que a CCR terá que fazer no aeroporto até o final do contrato em 2041. Mudanças na pista de decolagem, pátio de aeronaves e pistas de táxi ainda não estão previstas, mas podem ocorrer no futuro.
