Alguém já imaginou que bizarro seria um aeroporto possuir um nome, que inclusive consta em placas, no terminal, pelo povo, mas não é reconhecido pelas autoridades nacionais? Pois bem, esse é o caso do Aeroporto de Sorocaba, no interior de SP.
Em uma recente matéria veiculada no Jornal Cruzeiro do Sul, foi levantada uma questão interessante atrelada ao nome do aeroporto, que homenageia Bertram Luiz Leupolz, criador da empresa de venda e manutenção de aeronaves Conal, que deu início ao aeroporto da cidade.
Legalmente, o nome do empresário alemão, um dos incentivadores para a concretização do terminal, só é reconhecido como título do aeroporto no município de Sorocaba, por meio da Lei 5.243/96 e pelo Estado de São Paulo, pela Lei 9.615/97. Com isso, o nome só é válido em território municipal e estadual.
Nas legalidades do aeroporto envolvendo a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) e o Governo Federal, como: planos de voo, cartas de navegação, comunicados entre outros, o nome “Bertram Luiz Leupolz” não aparece, já que na prática ele não existiria em âmbito federal.
A confirmação veio após uma análise na lista de aeródromos civis cadastrados no site da Agência, onde o Aeroporto de Sorocaba aparece sem um nome próprio, ao contrário de outros aeroportos do interior paulista, como Leite Lopes, em Ribeirão Preto, ou Bartholomeu de Gusmão, em Araraquara, por exemplo.
Em nota para o jornal sorocabano, a ANAC afirmou que o nome não consta para o órgão, mas que o motivo disso não é discrição da agência, e sim a falta de atualização do registro pelo operador do aeroporto. O administrador até então é DAESP, que não soube responder à reportagem e mandou falar com a ANAC.
