Ao chegar sem falar com a Torre, Boeing 747 arremete a instantes do toque no Aeroporto de Campinas-Viracopos

Uma aproximação e arremetida de um grande avião chamou a atenção de quem assistia hoje às transmissões ao vivo das câmeras apontadas para o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP).

O Boeing 747 fez sua aproximação ao aeroporto de interior paulista por volta das 07h10 deste domingo, 26 de novembro, porém, até estar sobre a pista, a instantes do toque com o solo, não houve contato dos pilotos com o controlador de tráfego aéreo da Torre Campinas, mesmo diante de várias chamadas feitas pelo controlador.

Veja a seguir, por diferentes ângulos nas gravações das câmeras dos canais “Viracopos FullHD” e “Golf Oscar Romeo”, a sequência da aproximação, arremetida e, após a volta, o pouso do grande Jumbo Jet. Abaixo dos dois vídeos, confira mais informações:

Como visto nas cenas acima, o voo em questão era o MPH-7761 (Martinair seven seven six one), realizado pelo Boeing 747-400F (cargueiro) de matrícula PH-CKC, da KLM Cargo, que se aproximava para pouso pela cabeceira 15 do Aeroporto de Viracopos.

Enquanto o Jumbo se aproximava, o controlador fez três chamadas, sem receber resposta dos pilotos, parecendo indicar que eles estavam em outra frequência de comunicação, seja porque ainda estavam na frequência de aproximação ou porque estavam com uma frequência errada.

Somente quando os pilotos iniciaram a arremetida (procedimento de desistência do pouso) foi que eles fizeram o primeiro contato com na frequência da Torre Campinas para informar sobre a arremetida: “Campinas Tower, Martinair seven seven six one, going around” (ou seja: Torre Campinas, Martinair sete sete seis um, arremetendo).

Após cerca de 10 minutos, o Boeing 747 foi posicionado para a nova aproximação, dessa vez sem novas intercorrências até o pouso.

Após a aterrissagem, o controlador perguntou sobre o ocorrido, e o piloto avisou que o controle de aproximação São Paulo não os orientou a trocarem para a frequência da Torre, e que eles fizeram chamadas ao controle quando estavam a 500 pés e a 300 pés de altitude, mas sem resposta devido à frequência congestionada.

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Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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