ATR da FedEx pousa em emergência em Fortaleza após vidro da cabine trincar em voo

Um avião turboélice da FedEx acabou tendo que declarar emergência ao pousar em Fortaleza nesta tarde com o vidro trincado.

A aeronave envolvida no incidente é um novo ATR 72-600F da maior companhia aérea cargueira do mundo, a FedEx Express. Operado pela sua subsidiária FedEx Feeder, a aeronave foi fabricada em Toulouse e ficou pronta no final deste mês, vindo ao Brasil durante sua rota de entrega.

O avião de futura matrícula N712FE saiu do sul da França e voou direto até as Ilhas Canárias, onde fez uma parada de abastecimento, que se repetiu na Ilha do Sal, em Cabo Verde.

Durante o trajeto do país africano para o Brasil, o para-brisa do lado do comandante (esquerdo) acabou trincando e o avião precisou declarar emergência acionando o código “7700” no transponder, como mostram os dados da plataforma RadarBox.

Com o risco de despressurização pela trinca, os pilotos precisaram descer o avião de 24 mil pés (7.300m) de altitude para 10 mil pés (3.000m), onde é possível voar despressurizado.

Por causa do acionamento do código “7700”, o avião chegou a ser o mais acompanhado nas plataformas FlightRadar24 e RadarBox na tarde desta quarta-feira, mas pousou em segurança em Fortaleza como previsto.

Embora a maior empresa aérea cargueira do mundo tenha operações regulares no Brasil, o ATR 72 não faz parte da malha no país, pois seus voos, realizados somente no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), são feitos com os jatos Boeing 767-300F.

Os bimotores turboélices ATR 72 são empregados em rotas regionais, um serviço aéreo que a FedEx não disponibiliza atualmente no Brasil. No passado, a empresa já baseou aviões turboélices Fokker 27 em Campinas, para voos regionais à Argentina via Porto Alegre, mas, já há muitos anos, optou por manter apenas a ligação aérea entre seu hub de Memphis, nos EUA, e o Aeroporto de Viracopos.

Assim sendo, a rara movimentação do ATR 72 dessa semana não é uma operação cargueira no país, e nem a retomada desse segmento de transporte aéreo no Brasil, mas apenas uma operação de translado, como já ocorreu antes de maneira semelhante.

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Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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