A aeronave da GOL Linhas Aéreas que teve fumaça a bordo e precisou retornar ao aeroporto, voltou a voar ontem, mas num trajeto incomum. De matrícula PR-VBW, o Boeing 737-700 de 22 anos de idade teve muita fumaça na cabine no último sábado, precisando retornar para o Aeroporto Santos Dumont logo após a decolagem do Rio.
Apesar do susto, o pouso foi feito normalmente e nenhum passageiro ficou ferido. Neste domingo, a aeronave voltou a voar, decolando no início da tarde para o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, onde fica o Centro de Manutenção da GOL.
O voo, porém, foi feito a baixa altura, a 10 mil pés (3.000m) de altitude, e passou por parte da costa fluminense antes de rumar para a capital mineira.
Este trajeto incomum tem explicação. Relatos recebidos pelo AEROIN de pessoas próximas das operação da companhia, dão conta de que a fumaça apenas desapareceu após a despressurização do jato, e que a ela teria sido causada provavelmente por problema no sistema hidráulico, que atua na pressurização a bordo.
Uma possibilidade levantada seria o excesso do óleo chamado Skydrol no sistema, que entrou na linha de pressurização de maneira inadvertida. Por este motivo, o voo de ontem ocorreu a baixa altitude, já que o Boeing não precisou ser pressurizado e a tripulação poderia respirar tranquilamente sem a pressurização.
E também por este motivo a aeronave decolou do Santos Dumont, voou até São Pedro da Aldeia e depois Macaé, para então ir em direção à Minas Gerais, já que a Serra Fluminense tem altitude mínima de sobrevoo de 8.300 pés próximo de Teresópolis e Nova Friburgo, como pode ser visto abaixo no rastreamento do voo na plataforma RadarBox, que utiliza cartas aeronáuticas oficiais.
Com isso, o voo que normalmente dura 50 minutos, foi para uma hora e cinco minutos de duração, pelo desvio e a altitude mais baixa de sobrevoo, que diminui a velocidade da aeronave.
