A fabricante americana Boeing enfrenta mais um problema um mês após uma porta de um 737 MAX sair voando pelos céus. O incidente do voo da Alaska Airlines aconteceu no dia 5 de janeiro, e agora a fabricante está mais uma vez suspendendo as entregas do jato, mas por outro problema.
Enquanto o acidente foi causado provavelmente por mal parafusamento tanto da fornecedora das fuselagens, a Spirit AeroSystems, como da própria Boeing, o novo problema já tem um responsável.
A Boeing enviou um comunicado interno, obtido pelo jornalista Jon Ostrower do The Air Current, que revela que as entregas serão paralisadas após um fornecedor “misterioso” informar que ao menos dois furos de rebites não foram perfurados da maneira correta e esperada pela fabricante.
Este fornecedor é novamente apontado como a Spirit, responsável por 70% dos componentes do 737 e com um histórico recente bastante negativo.
Como os furos não foram feitos da maneira correta, a Boeing terá que consertá-los antes de entregar os aviões, paralisando a linha de produção e suspendendo as entregas. Com isso, ela comunicou à Spirit AeroSystems que não envie mais os trens que carregam as fuselagens do 737, já que não terá como receber as fuselagens na linha de montagem.
O problema afeta ao menos 50 unidades do 737 MAX, sem número de série ou versões divulgadas. Também não foi informado até o momento quanto tempo irá levar para que a linha de montagem seja retomada e normalizada.
Boeing halts deliveries from Spirit to catch up on unfinished manufacturing work https://t.co/SgzBM4TF4w (via @theaircurrent)
— Jon Ostrower (@jonostrower) February 5, 2024
Este novo problema irá atrasar mais uma vez os planos da Boeing de regularizar as entregas do 737 MAX, que estão muito atrasadas , atrapalhando inclusive a brasileira GOL.
Além desta paralisação, ocorreram outras por causa dos acidentes com o 737 MAX 8 em 2018 e 2019, todos os problemas causados direta e indiretamente pela Pandemia do Coronavírus, além de vários novos requisitos de recertificação colocados pela FAA, incluindo uma isenção que a Boeing desistiu de pedir:
Receba as notícias em seu celular, clique para acessar o canal AEROIN no Telegram. Conheça também nosso perfil no Instagram e nosso canal no WhatsApp.
