Embora com grande atraso em relação aos planos iniciais de certificação e entrada em operações comerciais, prevista para 2020 e agora esperada para 2025, o novo grande avião da Boeing segue evoluindo em seu programa de testes.
Neste fim de semana, a fabricante norte-americana informou o mais recente trabalho com a maior variante da família 777X, o 777-9: validação do mais novo avião de corredor duplo nos “gates”, como são chamadas em inglês os portões de embarque e desembarque de passageiros.
“Obrigado aos nossos vizinhos do Aeroporto Internacional de Seattle-Tacoma, no Porto de Seattle, por hospedarem a equipe da Boeing”, disse a empresa em nota em redes sociais. “Como esperado, encaixou perfeitamente no portão S12!”.
Combinando uma envergadura (distância entre as pontas das asas) mais longa com pontas de asa simples e inclinadas, que se dobram quando o avião está no solo, a família 777X oferece maior eficiência de combustível com a conveniência de usar os mesmos portões usados pela família 777 atualmente.
O modelo é o único jato comercial com um design tão articulado nas asas. Um conjunto de mecanismos de bloqueio impossibilitará que elas se dobrem durante o voo.
Como os padrões de projetos de aeronaves comerciais existentes até o presente não previam asas dobráveis, os órgãos reguladores dos EUA precisaram criar 10 novas normas a partir do zero. Essas “condições especiais” foram aprovadas em 2018 pela Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA).
Em vez de alumínio, a Boeing fez as novas asas de compostos de fibra de carbono, que são mais fortes e mais leves que o metal que substituem. Essa tecnologia ajudou a empresa a ampliar a envergadura das asas em 23 pés (7 metros), ou 11% além dos 212 pés (64,6 metros) dos modelos atuais, o que torna o 777X a aeronave com maior envergadura na Boeing, passando o 747-8.
