Boeing teria removido e reinstalado o painel que saiu voando do 737 MAX 9 e causou despressurização

Divulgação – NTSB

As investigações sobre o acidente do voo AS-1282 da Alaska Airlines avançam, e agora a Boeing é novamente o principal alvo. A porta tampão que saiu voando no 737 MAX 9 da Alaska no dia 5 de janeiro aparentemente não teve os parafusos apertados corretamente, só que pela Boeing.

A própria Alaska e a concorrente United anunciaram que, ao fazer inspeções em outras aeronaves após o acidente, acharam parafusos soltos no componente. Logo depois, foi colocado que o problema teria se originado na fornecedora Spirit AeroSystems, fabricante das fuselagens de todos os 737, porém a Boeing teria “consertado” apenas a porta do lado oposto.

A porta tampão foi retirada para reparo ainda em Renton, cidade vizinha a Seattle e onde fica a linha de montagem do 737, para um outro reparo, e quando foi recolocado não foi instalada da maneira apropriada, informou uma fonte na empresa à Dominic Gates, repórter do Seattle Times.

O funcionário também informou que está tudo registrado no próprio controle da Boeing, e que um funcionário deveria ter verificado a reinstalação e assinado um documento de check, mas que isso não foi feito e, ainda assim, a fuselagem seguiu pela linha de montagem normalmente.

Caso esta informação se confirme, a investigação da NTSB chegará rapidamente à causa do acidente e reforçará a tese que o problema de cultura de qualidade e segurança da Boeing é muito profundo e difícil de ser mudado. Apenas os próximos passos poderão dizer o que efetivamente ocorreu.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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