Caças da Marinha do Brasil fizeram aproximação e arremetida no porta-aviões dos EUA na costa brasileira

AF-1 “Skyhawk” da Marinha do Brasil em procedimento de arremetida no porta-aviões USS George Washington

No último domingo, dia 19 de maio, aeronaves de asa fixa AF-1 “Skyhawk” da Marinha do Brasil (MB) realizaram operações aéreas em coordenação com o Porta-Aviões USS “George Washington”, da Marinha dos Estados Unidos (United States Navy – USN), no litoral entre o Rio de Janeiro e o Espírito Santo.

O treinamento fez parte das ações realizadas em conjunto com a Força-Tarefa dos Estados Unidos da América (EUA), durante a fase de mar da Operação “Southern Seas – 2024”, visando testar e aprimorar a interoperabilidade da MB com a USN e a Guarda Costeira dos EUA (USCG).

Segundo a Marinha, na ocasião, as aeronaves brasileiras, que pertencem ao Esquadrão VF-1, realizaram aproximações para pouso, seguidas de arremetidas, no USS “George Washington”.

O Comandante da Força Aeronaval, Contra-Almirante Emerson Gaio Roberto, acompanhou de perto o exercício, enfatizando a importância da interoperabilidade e da cooperação entre países em operações multilaterais. As aeronaves F-35 “Lighting II” e F/A-18 E/F “Super Hornet”, componentes da ala aérea do Porta-Aviões norte-americano, também realizaram demonstrações aéreas.

A atuação do VF-1 na “Southern Seas – 2024”, que aconteceu no período de 15 a 20 de maio, resultou de um processo de planejamento e preparação iniciado em abril deste ano, que culminou com a visita de um time de Oficiais de Sinalização e Pouso da USN à Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia, a fim de prover o intercâmbio de práticas operacionais.

A fase preparatória incluiu sessões de preparação, em terra, para pouso em navio, supervisionadas pelo Comandante da Força Aeronaval, que transmitiu conhecimentos e orientações aos aviadores, relacionadas a operações de pouso em porta-aviões.

A capacidade de realizar operações aéreas embarcadas com aeronaves de interceptação e ataque não só mantém viva a chama da aviação de caça na Marinha, mas também abre portas para futuras oportunidades de cooperação e treinamento conjunto com a Marinha dos Estados Unidos”, afirmou o Comandante do VF-1, Capitão de Fragata Manoel Andrade Junior, que considerou o evento um marco significativo na história do Esquadrão.

Operações aeronavais durante a Operação “Southern Seas – 2024”

Além da atuação dos caças da Marinha do Brasil junto ao USS “George Washington”, diversas manobras aéreas foram realizadas durante a Operação “Southern Seas”, incluindo o cross deck, com o pouso da aeronave de asa rotativa AH-11B “Wild Lynx” no destróier USS “Porter”, pertencente à USN; os voos de Qualificação e Requalificação de Pouso a Bordo (QRPB); e o pick-up, também realizado pela AH-11B, que consiste na transferência de carga leve, por meio de um guincho, entre o navio e a aeronave.

A Marinha do Brasil empregou, na Operação “Southern Seas – 2024”, além das aeronaves de asa fixa AF-1 Skyhawk, as aeronaves de asa rotativa UH-15/AH-15B Super Cougar e AH-11B Wild Lynx. Pela USN, foram empregadas as aeronaves F-35 Lighting II, F/A-18 E/F Super Hornet, EA-18G Growler, E-2C Hawkeye e SH-60 Seahawk.

O AEROIN, a convite da Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil, visitou o porta-aviões USS George Washington (CVN-73). As fotos podem ser conferidas clicando aqui ou no título abaixo.

Informações da Agência Marinha de Notícias

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Juliano Gianotto
Juliano Gianotto
Ativo no Plane Spotting e aficionado pelo mundo aeronáutico, com ênfase em aviação militar, atualmente trabalha no ramo de fotografia profissional.

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