Casal brasileiro tem problemas após empresa aérea perder a documentação de seu cão

Boeing 77 da KLM

Um casal de brasileiros enfrentou sérios problemas após uma companhia aérea perder a documentação do seu cachorro de estimação e o animal ficar preso em um aeroporto internacional.

Começo da confusão

A série de problemas começou quando o casal, que viajava de mudança para Londres, tentou embarcar via Aeroporto de Guarulhos junto ao seu animal de estimação, um bull terrier chamado Jack.

Conforme noticia a revista Casa e Jardim, a jornalista Bruna Estevanin Costa havia sido transferida para Londres por motivos de trabalho e já pensando na mudança, inciou os procedimentos para embarcar Jack com quatro meses de antecedencia à viagem.

“O Reino Unido tem uma política que só permite a entrada de animais como carga e, por conta da pandemia, a única empresa que está fazendo este transporte é a KLM. Então eles têm o monopólio de mercado e custa bem caro: US$ 4.000 (aproximadamente R$ 21.000) só para um animal”, comenta Bruna.

Apesar de ter contratado uma empresa especializada para cuidar dos trâmites e documentação referente ao transporte do cachorro, a KLM cometeu o primeiro erro ao dizer, uma semana antes da viagem, que a raça do cachorro não era aceita no país de destino, o que foi corrigido posteriormente.

Segundo ato

Depois, a KLM alegou que seria necessária uma caixa de madeira para o transporte de Jack, sob a alegação de que o cachorro seria de uma raça perigosa. O pedido foi atendido, mas nem assim funcionou.

“Na hora de embarcar, a KLM disse que a gente teria que mandar as medidas da caixa para eles confirmarem. Falaram, então, que ela não estava nas medidas corretas e que o Jack não poderia viajar. Este foi o segundo problema”, comentou Bruna.

Mais uma vez, o pedido foi atendido e, após uma semana esperando a companhia enviar as novas medidas.

“Nos deram uma terceira medida de caixa transportadora. Fizemos a caixa; temos vídeos dela e de todos os documentos dele acoplados com fita adesiva em cima da caixa de transporte, junto com ração, remédio e todas as coisas que o Jack deveria tomar durante a viagem”, conta Bruna.

O cão embarcou, mas…

Após passar oito horas em uma conexão na Holanda, o cachorro chegou a Londres, e o que parecia ser o fim de uma série de problemas, estava longe de acabar. Seus tutores não puderam ter acesso ao seu cachorro, já que a companhia aérea havia perdido a documentação que estava colada na caixa de madeira. Sem os documentos, a entrada do cachorro ao país estava vetada.

Indignada, Bruna relatou que ficou sem registro de seu animal por mais de dois dias e estava preocupada com o estado de saúde de Jack, uma vez que o cachorro possui dermatite atópica e sem seu remédio podia se ferir de tanto se coçar.

Somente três dias depois a KLM entrou em contato e avisou que os documentos haviam sido encontrados e que o cão chegaria à Londres na noite do mesmo dia. Além disso, a empresa prometeu que enviaria fotos e vídeos mostrando que o animal estava sendo bem cuidado.

No mesmo dia (3 de fevereiro), a tutora conseguiu contato com Jack, entregando os remédios e recebendo a documentação que havia sido perdida.

Em nota, a KLM disse:

“A KLM está ciente do caso mencionado e lamenta profundamente pelo ocorrido. A companhia entende que esta é uma experiência estressante e compreende que o transporte de animais vem com uma grande responsabilidade. A companhia entrará em contato com os clientes para mais informações acerca deste transporte, de modo que possa investigar apropriadamente o que ocorreu”.

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Juliano Gianotto
Juliano Gianotto
Ativo no Plane Spotting e aficionado pelo mundo aeronáutico, com ênfase em aviação militar, atualmente trabalha no ramo de fotografia profissional.

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