Comissários assaltados no Rio mentiram para Polícia e usaram drogas antes do voo ser cancelado

O assalto a um grupo de tripulantes da British Airways no Rio aconteceu de uma maneira bastante diferente do que foi relatado pelos comissários, disse a Polícia.

Imagem: Clément Alloing, via Flickr

O crime aconteceu na véspera do feriado da Independência do Brasil, no dia 7 de setembro, quando um voo da British Airways foi atrasado em mais de 12 horas após parte da tripulação ser assaltada, como o AEROIN divulgou em primeira mão na época.

Relatos iniciais feitos pelos tripulantes à Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro apontavam para um assalto no retorno de uma noitada, com suposta conivência de um taxista e um motorista da Uber.

Mas agora a PCERJ deu mais detalhes do caso após uma investigação que incluiu a verificação de câmeras de segurança, segundo reporta o g1. Os 3 tripulantes Grant Lawrence Wheatley, Samantha Jo Naylor e Daniel Pickeirin de fato chegaram juntos na Pedra do Sal, um ponto boêmio da região central carioca.

Grant se separou deles, segundo o seu depoimento, após conhecer uma mulher e beber um drink que o deixou desacordado. Porém, a investigação da Polícia revelou que ele foi até a entrada do Complexo do Alemão, onde usou drogas e ficou bebendo a noite toda até ficar desacordado.

Ele foi encontrado apagado na rua por pedreiros, que chamaram a ambulância. Já no hospital, ele relatou que passou a noite usando drogas com 2 mulheres mas não conhecia a região.

Já Daniel e Samantha, que tinha contado que foram roubados duas vezes seguidas e que o taxista o deixou num posto abandonado, na realidade foram até o posto por decisão própria e acompanhados de um homem que conheceram na Pedra do Sal. Neste posto, eles continuaram a beber, mas acabaram tendo um dos celulares furtados, mas apenas um aparelho, e não dois em momentos distintos.

O uso de bebidas em pernoites por tripulantes é permitido pela legislação brasileira e também britânica, desde que respeitado o tempo mínimo de sobriedade para assumir o voo, que normalmente é de 10 de horas.

Já o uso de drogas, que na maioria dos países são ilícitas como cocaína, maconha, ecstasy e cogumelos, não é permitido para os tripulantes de companhias aéreas. A delegada do caso informou que a história do assalto foi inventada para que não fosse exposto que foram assaltados durante uma noitada com uso de drogas, assim como permitir que as drogas não fossem detectadas em algum teste como bafômetro.

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Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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