A Southwest Airlines, companhia aérea de baixo custo com sede em Dallas, no Texas (EUA), provocou fortes reações depois de publicar um tuite em janeiro celebrando uma tripulação composta exclusivamente por mulheres. A publicação feita pela companhia aérea, que dizia “Arrasem, rainhas!”, veio em um momento de controvérsia em torno das práticas de contratação com foco na diversidade na aviação.
O post gerou tantos comentários de todos os tipos que a Southwest decidiu excluí-lo, relatou o site View from the Wing. O episódio destacou a tensão crescente entre as iniciativas corporativas para promover a diversidade e os grupos que veem esses esforços como antidemocráticos ou divisivos.
A Southwest Airlines tem histórico de marketing audacioso e, às vezes, provocativo. Nos primeiros anos, a empresa baseava-se no aeroporto Dallas Love Field e ganhou a alcunha de “companhia aérea do amor”.
Seu estilo de marketing estava fortemente ligado ao apelo sexual. As comissárias de bordo usavam shorts curtos e botas como parte de seus uniformes. As máquinas de emissão de bilhetes eram apelidadas de “Quickies” e os coquetéis servidos aos passageiros eram chamados de “poções do amor”. Chegaram a litigar pelo direito de recrutar comissários de bordo com base no sexo, alegando ser um requisito de trabalho legítimo.
No entanto, a companhia aérea mudou consideravelmente com o tempo, o que desagradou alguns. Uma reação notável ocorreu no ano passado, quando um outdoor apareceu na rodovia Interestadual 35, perto de Fort Worth, direcionando o público ao site SouthWoke.com, que pedia à Southwest Airlines para “calar a boca” e se concentrar em voar (abaixo).
No final do dia, o nível de compromisso da Southwest com questões ambientais, sociais e de governança (ESG) tem limites, como ocorre com muitas companhias aéreas. O episódio levantou questões sobre o equilíbrio delicado para promover a diversidade e a inclusão.
