Na semana passada, compartilhamos o vídeo de um homem vendendo gafanhotos a bordo de um voo da Uganda Airlines que partiria para Dubai. As imagens, que se espalharam pela internet, mostram o rapaz oferecendo seu produto aos passageiros, muitos dos quais se animam em comprar a iguaria. No entanto, ao final, ele acabou preso sob acusação de venda ilegal, sem registro, além de perturbar o embarque da aeronave.
De qualquer maneira, parece que isso acendeu uma luz ao pessoal da Uganda Airlines, que informou que pensa em colocar a iguaria como parte do seu serviço de bordo, dizendo ser um prato muito típico do seu país. Localmente, diz-se que o gafanhoto frito, conhecido como “Nsenene”, tem gosto de pele de frango frito crocante.
Outra curiosidade do petisco é que você só pode saboreá-lo em Uganda por um curto período, durante a estação das chuvas. Nessa época, ele é vendido em qualquer lugar na rua ou em bares e faz muito sucesso entre os locais, que o comem acompanhado de uma cerveja gelada.
Repercussão
Quando o vídeo do homem vendo o “Nsenene” a bordo ganhou repercussão, o Ministério dos Transportes local não gostou, mas não por estar vendendo a iguaria, e sim por estar fazendo comércio ilegal. O ministro Edward Katumba ordenou, segundo o jornal The Standard, a suspensão da tripulação encarregada do voo.
“Esse comportamento mina o espírito da companhia aérea nacional. Ninguém deve ser exposto a condições de mercado inadequadas em nossos voos”, disse a Uganda Airlines em nota posterior.
Eureka
Acontece que, embora o comércio tenha sido ilegal, a ideia do jovem acendeu uma luz para a empresa aérea. Segundo a aérea publicou em suas redes sociais, eles reconhecem que muitos viajantes adorariam comer o “Nsenene” a bordo e que, portanto, está pensando em integrar a especialidade na comida a bordo.
A empresa defende que o prato é uma tradição no país e levá-lo para os aviões representa uma oportunidade de levar a cultura de Uganda para o mundo.
Os homens que tentaram vender os gafanhotos a bordo, porém, não se beneficiarão por terem inspirado a companhia aérea. Ambos foram presos e acusados de assédio, negligência e recusa em seguir as instruções da tripulação.
Leia abaixo toda a nota publicada pela Uganda Airlines.
— Uganda Airlines (@UG_Airlines) November 27, 2021