Congresso dos EUA vota contra exigência de recontratação de pilotos demitidos por falta de vacina

Na semana passada, a Câmara dos Representantes dos EUA votou contra uma emenda que exigiria que as companhias aéreas recontratassem pilotos que foram demitidos ou forçados a renunciar por causa dos mandatos de vacinas. Os votos favoráveis partiram majoritariamente dos republicanos e de todos os democratas, exceto um votante.

O resultado é uma demonstração de quanto a posição do Partido Republicano nos últimos 8 anos mudou. Embora os republicanos costumassem ser contra obrigações impostas aos empregadores, quase dois terços deles votaram favoravelmente.

Dentre as principais companhias aéreas americanas, a United informou ter demitido seis pilotos por se recusarem a se vacinar e a receber isenção de vacinação. American Airlines, Delta Air Lines e Southwest Airlines, por sua vez, não demitiram pilotos que se recusaram a se vacinar.

Embora os pilotos de linhas aéreas precisem de uma legislação que considere a realidade da Covid-19, como a proteção dos funcionários e as regras de vacinação, a disputa partidária da Câmara mostra que as prioridades agora estão mais simbólicas do que práticas.

Segundo os novos acordos com os sindicatos, tornou-se comum as empresas incluírem, nos seus contratos, uma cláusula de liberdade médica que afasta possíveis cobranças relacionadas aos direitos de escolha dos empregados. Estas novas provisões mostram que a controvérsia da emenda de reautorização da FAA vai muito além dos trabalhadores que foram prejudicados no ano passado.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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