A El Al, a transportadora aérea de Israel, anunciou sua decisão de cancelar a rota de Tel Aviv a Joanesburgo a partir de 1º de abril. A medida é uma resposta a uma queda significativa na demanda, atribuída ao conflito em andamento com o Hamas, mas também ao fato da África do Sul ter acusado Israel de genocídio no Tribunal Mundial.
O cancelamento do voo quinzenal significará a ausência de voos diretos de Israel para a África do Sul, representando mais um revés nas relações entre os dois países. Pretória acusou Israel de cometer genocídio contra o povo palestino em Gaza, alegação veementemente negada por Jerusalém e também rejeitada pelo Tribunal nesta semana.
Um porta-voz da El Al comentou sobre a situação, afirmando: “Os israelenses não querem voar para a África do Sul. Estão cancelando voos, e os aviões estão bastante vazios… Entendemos que é a situação porque era diferente antes.” A decisão de pausar a rota reflete o sentimento predominante entre os viajantes israelenses.
Após o encerramento da rota Tel Aviv-Joanesburgo, a El Al planeja realocar as aeronaves de fuselagem larga usadas na rota para expandir os serviços para a América do Norte e destinos na Ásia, como Bangkok e Tóquio. A companhia aérea também está explorando novas rotas para se adaptar à mudança no panorama das viagens.
As viagens aéreas de e para Israel tiveram uma queda significativa desde o início da guerra em 7 de outubro de 2023, marcada por uma incursão de terroristas de Gaza em Israel. O conflito resultou em baixas e aumentou as tensões na região.
A resposta de Israel às acusações de genocídio inclui a classificação das alegações da África do Sul como infundadas. Israel argumenta que visa os terroristas do Hamas, não os civis palestinos, enfatizando o desafio de minimizar as baixas civis quando os terroristas operam dentro da população, reporta o The Times of Israel.
Na sequência dos ataques, importantes companhias aéreas cancelaram dezenas de voos para e de Tel Aviv, com algumas retomando as operações em dezembro e janeiro, à medida que os ataques com foguetes de Gaza diminuíram.
A decisão da El Al de pausar os voos sobre Omã em outubro, buscando aprovação para uma rota alternativa, reflete a complexidade das dinâmicas regionais. A companhia aérea solicitou às autoridades em Mascate a aprovação de uma nova rota, evitando presumivelmente a proximidade com o vizinho Irã.
As tensões diplomáticas entre Israel e a África do Sul aumentaram durante o conflito, levando ao “recall” de embaixadores de ambas as nações. A África do Sul, uma apoiadora de longa data da causa palestina, já havia retirado seu pessoal diplomático de Israel e considerava a possibilidade de fechar a embaixada israelense em Pretória.
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