Ontem foi um dia histórico para a aviação: pela 1ª vez um aeroporto operou inteiramente de maneira remota, e o Embraer E190 E2 fez parte das operações.
O aeroporto de Bodø na Noruega foi o primeiro do mundo a receber uma torre de controle remota. A torre física está lá, porém ninguém dentro.
Ao invés disso um grupo de controladores monitora e coordena todo o tráfego aéreo no aeroporto de um prédio não distante. Lá vai ser o centro de torres remota da Noruega, tecnologia que será implementada em 15 aeroportos do país.
A tecnologia é da sueca SAAB em parceria com a norueguesa Avinor. A própria SAAB já implementou essa tecnologia em aeroportos suecos, mas sem voos regulares.
O primeiro voo de hoje foi de Bodø para Røst, com o Bombardier Dash 8-100. Depois um outro voo com a SAS e outro da Norwegian para Oslo com o Boeing 737NG. E então, o voo com o Embraer E190 E2 da Widerøe para Bergen.
A empresa norueguesa Widerøe foi a primeira no mundo a voar com os jatos brasileiros Embraer E190 E2, e agora faz parte desse momento histórico na aviação mundial.
Todos os voos do dia 19 não enfretaram problemas, com exceção de um pequeno atraso no voo da Norwegian para Oslo, que já chegou em Bodø atrasado.
O Aeroporto de Bodø também abriga uma base aérea da Real Força Aérea Norueguesa com um esquadrão de caças F-16A MLU Falcon. Também é esde do Museu Noruguês de Aviação.
No fim é tudo sobre custos
“Nos moldes tradicionais, os aeroportos arcam com custos consideráveis de construção, manutenção e operação de uma torre de controle. Com a torre remota, diversos aeroportos regionais podem ter o serviço de torre de controle prestado a partir de um mesmo centro de controle remoto, o que gera uma importante economia no que diz respeito à construção da estrutura e à contratação de pessoal. Adicionalmente, setores remotos de aeroportos de grande porte, cuja visualização a partir da torre de controle do aeroporto torna-se restrita, podem igualmente beneficiar-se da prestação remota do serviço”, explicou Sergio Martins, diretor da divisão de Gestão de Tráfego Aéreo (ATM) da SAAB.
A partir da digitalização do serviço de torre de controle e da introdução de recursos como zoom, infravermelho, filtros e tracking automático, a segurança nas manobras de pouso, decolagem e deslocamento em solo aumenta significativamente.
“As câmeras digitais viabilizam inúmeras possibilidades de melhora da segurança nos aeroportos. Com elas, o controlador tem completa visibilidade, pois a visualização da área em torno do aeroporto é de 360 graus. Elas também permitem a análise de imagens segundo a segundo e identificam, automaticamente, eventuais alterações de cenário. Alarmes também podem ser automaticamente disparados em resposta à aparição de pássaros no perímetro aeroportuário, por exemplo”, comentou Martins. “Cada um desses detalhes pode ser analisado, inclusive, em condições de visibilidade reduzida, como neblina e chuva”, complementou.
Nem tudo são flores
Entre 70 e 80 empregados irão ser afetados com o fechamento das torres de controle físicas na Noruega. A todos eles foram oferecidas oportunidades no novo centro de controle remoto ou outras posições da área.
“É uma carga muito alta, porque muita gente terá que mudar. Realocação é difícil por si só, e muitas pessoas irão ter que se mover para locais que o custo com moradia é mais alto” disse o controlador Duestad de Røst, aeroporto que receberá a torre remota.
Já o controlador Tor Rasmussen de Hasvik, é o único do seu aeroporto que irá para o novo centro. Os outros dois colegas irão se aposentar logo.
“Já sabíamos dessa mudança a muito tempo, estamos preparados para ser parte disso no próximo outuno. Todos estão bem preparados” afirmou Tor.
At Hasvik Airport, there is an employee who joins, while the remaining two will soon retire, says airport manager Tor Rasmussen.
Os aeroportos que serão remotamente controlados são os de Røst, Svolvær, Bodø, Berlevåg, Vardø, Hasvik, Mehamn, Lakselv, Røros, Rørvik, Namsos, Sogndal, Førde e Molde. O 15º aeorporto ainda será definido.
Com informações do jornal noruguês abc nyheter
