EUA introduz nova abordagem no controle de segurança nos aeroportos com uso de autoatendimento

A Administração de Segurança dos Transportes dos EUA (TSA) está introduzindo uma nova abordagem para os postos de controle de segurança nos aeroportos, com o objetivo de rastrear mais passageiros de forma eficaz usando a tecnologia de autoatendimento. A primeira fase desse projeto está programada para ser inaugurada no próximo mês.

Os novos sistemas de segurança incluem um design baseado em pods com consoles de triagem individuais, um sistema de triagem de bagagem de mão e triagem de passageiros com telas planas, sensores de painel em movimento para triagem contínua dos passageiros enquanto eles se movem pelos postos de controle e um sistema integrado de transporte de malas de mão, equipado com equipamentos de segurança e portas de entrada e saída automatizadas.

O aeroporto de Las Vegas está sendo um dos locais de teste para essa nova abordagem. Os passageiros registrados no PreCheck terão a oportunidade de completar o processo de segurança de forma independente, utilizando os terminais de autoatendimento fornecidos.

A partir de janeiro, os passageiros registrados no PreCheck no Aeroporto de Las Vegas terão a oportunidade de testar uma versão automatizada do processo de triagem, incluindo o uso de um sistema de transporte de bagagem de mão. Durante o processo, os passageiros serão guiados por instruções exibidas em monitores de vídeo. Além disso, portas de entrada e saída automatizadas facilitarão o fluxo dos passageiros.

A TSA descreve esse projeto como parte de seus esforços para melhorar a eficiência do processo de triagem e a experiência do passageiro, ao mesmo tempo em que evita a necessidade de contratar mais agentes de segurança.

No entanto, alguns críticos questionam a eficácia dessas novas tecnologias, afirmando que o foco deve estar em ameaças reais e no uso de recursos de forma eficiente, em vez de investir enormes quantidades de dinheiro em equipamentos e tecnologia complexa.

Em última análise, a TSA tem a responsabilidade de garantir que itens perigosos sejam detectados e impedidos de passar pelos postos de controle de segurança dos aeroportos. É necessário um equilíbrio entre a busca por ameaças genuínas e a simplificação eficiente dos procedimentos de triagem.

Críticos apontam que a TSA deve focar em ameaças reais ao invés de adotar uma abordagem excessivamente cautelosa e que aumentar a segurança nos postos de controle apenas deslocará as ameaças para outros locais, sem garantir a segurança geral. A implementação dessa nova abordagem será observada com interesse para avaliar a sua eficácia e impacto na experiência do passageiro.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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