Nesta quarta-feira, 17 de abril, o Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV) completa 51 anos de atuação. Subordinado ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), a unidade é responsável por aferir todos os sistemas de auxílio à navegação aérea do país, bem como os procedimentos de navegação aérea em uso no espaço aéreo brasileiro, atribuição fundamental na garantia da segurança das aeronaves em todas as fases de voo.
Graças ao GEIV, os usuários do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) podem executar as manobras e procedimentos de voo, descritos nas cartas aeronáuticas, com extrema precisão. Dos Sistemas de Pouso por Instrumento (ILS – Instrument Landing System) aos procedimentos de voo orientados por satélite, é o GEIV que avalia e calibra esses equipamentos e sistemas essenciais ao voo. O GEIV inspeciona a execução de perfis de voo e a qualidade dos sinais de equipamentos de solo, ou procedimentos, em voo, fazendo análises, medições e, quando necessário, correções para que estes atendam aos parâmetros previstos.
Segundo destaca o DECEA, somente em 2023, por exemplo, o GEIV inspecionou mais de 1.200 auxílios e procedimentos em missões nacionais e internacionais. Missões executadas com a perícia e o empenho de profissionais altamente capacitados: pilotos-inspetores, operadores de sistemas e mecânicos de voo, dispondo de aeronaves-laboratório equipadas com instrumentos de aferição indispensáveis à inspeção em voo. Com dedicação e compromisso, esses militares garantem a segurança de milhões de pessoas que utilizam o espaço aéreo brasileiro.
“O trabalho do GEIV é primordial para a garantia da segurança e eficácia da navegação aérea. Hoje, graças à capacitação, dedicação e competência dos integrantes desse grupo, podemos afirmar que os nossos auxílios e procedimentos de navegação aérea operam em conformidade com os padrões internacionais”, destaca o diretor-geral do DECEA, Tenente-Brigadeiro do Ar Alcides Teixeira Barbacovi.
História
A atividade de inspeção em voo deu os seus primeiros passos, no Brasil, após a assinatura do Projeto CONTRAF em 1956. Uma aeronave-laboratório, o Beechcraft de matrícula N-74, prestou, na ocasião, serviços ao Brasil, com a finalidade específica de inspecionar os primeiros auxílios à navegação e à aproximação a serem instalados.
No ano de 1958, formou-se a primeira tripulação operacional de inspeção em voo no país, quando foi adquirido o primeiro avião-laboratório de matrícula nacional – o EC-47 2065 – e um laboratório de aferição e calibragem. A primeira inspeção em voo em nosso território, com aeronave e tripulação brasileiras, foi realizada em 21 de fevereiro de 1959, com o intuito de verificar a adequação do sítio de Itaipuaçu para instalação de um VOR.
A partir de então, o número de inspeções em voo aumentou gradativamente e cada vez mais se fazia necessário um setor que planejasse e interpretasse a análise dos resultados obtidos durante as missões executadas. Em 1960, foi criada a Seção de Registro e Controle de Voo, dentro da composição da Diretoria de Rotas Aéreas (DR) – antigo DECEA. Onze anos mais tarde, com a extinção da DR, a atividade passou à subordinação direta do Comando de Apoio Militar (COMAM).
Em maio de 1972, o Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV) foi criado através do Decreto nº 71.261, ativado pela portaria R-003/GM3, de 17 de abril de 1973.
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