A influenciadora de viagens plus size Jae-lynn Chaney tem demonstrado foco em sua causa para que as companhias aéreas norte-americanas a mudem suas políticas, que ela considera “discriminatórias”, por cobrar dos passageiros de maior tamanho o pagamento de duas passagens para um mesmo voo.
Segundo matéria da CNN, ela instou a Federal Aviation Administration (FAA) a exigir que todas as companhias aéreas criem uma política abrangente de tamanho do cliente “que priorize o conforto e o bem-estar de todos os passageiros”.
Chaney, que ganhou as manchetes em abril depois de iniciar a petição intitulada “Exigência da FAA para proteger clientes de tamanho grande”, dobrou a pressão ao sofrer discriminação enquanto voava devido ao seu tamanho. “Nossas experiências são um pouco mais desafiadoras. Temos que pagar duas passagens, mesmo tendo a mesma experiência”.
Chaney admitiu que, se as exigências de sua petição fossem cumpridas, os preços dos bilhetes para todos os clientes provavelmente aumentaria devido à demanda.
Gabor Lukacs, defensor dos direitos dos passageiros aéreos canadenses, disse à CNN que considera esta prática de cobrar aos passageiros plus size o pagamento de duas tarifas uma questão de direitos humanos: “Há, infelizmente, muita atenção negativa e preconceito contra pessoas de tamanho grande”.
Além do desafio financeiro, os viajantes plus size também sofrem de redução do tamanho dos assentos, que encolheram cerca de 4 centímetros nos últimos 20 anos. Para Lukacs, isso deve preocupar todos os passageiros, não apenas os plus size.
Enquanto Chaney espera a mudança da FAA, é importante que se note que, independente do tamanho do passageiro, ele não pode invadir o espaço de outro no voo, já que cada um pagou pelo seu assento.
Por outro lado, caso um passageiro não caiba em um assento, ele fatalmente terá que pagar por dois lugares ou então tentar conseguir um assento sem vizinho do meio na sua fileira, no momento do check-in, o que será mais difícil se o voo estiver lotado.
