Após a investigação da francesa BEA, foi determinado que um Embraer ERJ-145 realizou uma aproximação instável e aquaplanou durante o pouso no Aeroporto de Paris-Orly, resultando em um pouso rápido e longo. O avião pousou na marca de 1.150 metros desde a cabeceira e passou por águas pluviais acumuladas, de aproximadamente 4 a 5 mm de profundidade. Apesar disso, nenhum dos 42 ocupantes a bordo ficou ferido e o avião sofreu apenas danos leves.
A investigação revelou que houve uma má gestão da tripulação desde o início da aproximação, envolvendo a falta de comunicação clara e o envolvimento excessivo do comandante nas responsabilidades do primeiro oficial. Isso resultou em uma redução da consciência situacional e distração do comandante de suas próprias tarefas de monitoramento.
Além disso, ocorreram desentendimentos sobre questões como a escolha da direção para evitar tempestades durante a descida da aeronave. A tripulação também não atendeu completamente uma mensagem do controle de tráfego aéreo que autorizava uma descida para 2.000 pés, resultando em uma altitude de 3.000 pés no momento da aproximação final.
A tripulação não conseguiu estabilizar adequadamente a aeronave durante a aproximação, com vários critérios de estabilização não atendidos. A comprovação da velocidade, configuração, empuxo e conclusão da lista de verificação “antes do pouso” foram feitas tardiamente. Isso levou a uma aproximação instável e a uma seleção tardia da configuração correta de flaps, resultando em um pouso longo.
A investigação também apontou que a tripulação estava insuficientemente preparada para possíveis efeitos adversos das tempestades na pista e não tinha informações sobre as condições da mesma.
As conclusões da investigação ressaltaram a importância da comunicação clara, do trabalho em equipe eficaz e da estabilização adequada da aeronave durante todas as fases do voo, especialmente durante abordagens instáveis e condições meteorológicas desfavoráveis.
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