O governo pode ajudar as companhias aéreas brasileiras em breve e o Presidente Lula deve se reunir com as lideranças do setor para discutir o tema. A intenção é ajudar a baixar o preço das passagens, que foi uma das promessas da campanha para o terceiro mandato.
O Ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, confirmou a informação durante um evento nesta segunda-feira, 22 de janeiro, afirmando que Lula “de fato quer ajudar nessa equação que vai desde o combustível, passando por linha de crédito, até a judicialização. Companhias como a Azul e a Gol estão fazendo suas estruturações internas. E, onde o Estado brasileiro puder dar sua contribuição, iremos dar”.
A ajuda, como apontamos aqui, seriam em crédito com taxas menores ofertados pelo BNDES através do Fundo Nacional de Aviação Civil, o FNAC. Porém, o banco já alertou que não financiará empresas que tenham uma nota de crédito mais baixa, citando que a média do setor não é boa.
Segundo a Suno Research, essa medida de financiamento do governo seria o contraponto para que as aéreas entrem no programa Voa Brasil, que pretende vender passagens por R$200 para ocupar lugares vazios de aviões, atendendo o público aposentado e estudantes de baixa renda.
Esta proposta está sendo ventilada há um ano e até hoje não foi divulgada uma data exata de início e nem como funcionaria a oferta de fato.
Outro ponto avaliado pelo governo é a renegociação das dívidas tarifárias junto à ANAC e o DECEA, que podem chegar a R$ 1 bilhão somando as companhias aéreas regulares brasileiras, ajudando principalmente a GOL que tem uma dívida maior que da Azul e da LATAM, e tem a Recuperação Judicial rumorada.
A postergação da execução destas dívidas que incluem tarifas de navegação, daria um fluxo de caixa maior para as empresas aéreas no curto prazo. Ainda segundo o Ministro Silvio, Lula deverá se reunir com a diretoria das companhias aéreas nos próximos dias para definir os detalhes, e poder então anunciar o programa Voa Brasil.