Lula diz ter vergonha do Brasil não ter voos para a África, mas vários voos existem

Neste sábado, em Angola, o Presidente Lula reclamou nas redes sociais da inexistência de ligações aéreas do Brasil com a África, mas os voos de e para o continente africano já existem e não pararam por completo nem mesmo durante a Pandemia.

A fala do Presidente aconteceu durante uma viagem oficial para Angola, país africano que tem voos regulares da companhia aérea de bandeira e estatal, a TAAG, para São Paulo-Guarulhos. Em uma publicação no Twitter (vide abaixo), Lula se disse indignado, segundo ele, pelo fato do Brasil não ter voos para a África.

“Eu quero discutir por que um país do tamanho do Brasil não ter voos diretos para o continente africano. Quando eu voltar para o Brasil, vou conversar com as companhias aéreas, com o Ministério dos Portos e Aeroportos. Vamos buscar soluções para esse problema”, afirmou o Presidente, conforme abaixo.

No entanto, mesmo durante a pandemia, o Brasil não perdeu suas conexões com a África, já que a Ethiopian Airlines mantinha voos semanais de Addis Abeba, na Etiópia, para São Paulo/Guarulhos. Além dela, com o fim do pior do Coronavírus, a TAAG Angola já retomou seus voos de Luanda para a capital paulista.

Ainda no mês que vem, a LATAM Brasil irá reinaugurar os voos para Joanesburgo, assim como a Egypt Air começará os voos inéditos de Cairo, no Egito, para São Paulo, e em outubro é a vez da South African Airways, que colocou o Brasil como prioridade para ser seu primeiro destino fora da África após sua retomada de operações, com o serviço inédito a partir da Cidade do Cabo para São Paulo, além da volta da rota Joanesburgo – SP.

Por fim, a Cabo Verde Airlines (TACV) já anunciou planos para retomar voos da Ilha do Sal, em Cabo Verde, para Fortaleza, no Ceará, ainda neste ano, embora ainda sem data definida. Desta maneira, a fala do Presidente Lula recebeu diversos comentários na rede e, inclusive, um Community Note” do Twitter. Mais tarde, durante um discurso, Lula voltou a falar o mesmo, mas se corrigiu, provavelmente após algum assessor ter identificado a falha.