Com enfoque na gestão do espaço aéreo, fundamental para a realização de operações militares conjuntas ou combinadas, a equipe da Missão Técnica Aeronáutica Brasileira (MTAB) ministrou uma instrução no último dia 15 de novembro para trinta oficiais da Força Aérea Boliviana. Esses oficiais são alunos do curso de Mission Commander coordenado pelo Grupo 34 da II Brigada Aérea da Bolívia, situado em Cochabamba.
Durante a instrução, o Capitão Especialista em Controle de Tráfego Aéreo, Ricardo David Benedictis, Assessor Operacional da MTAB, utilizou como referência documentos sobre Medidas de Coordenação do Espaço Aéreo em Operações Conjuntas e a Doutrina de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa.
Além disso, a experiência nas análises de gerenciamento de tráfego aéreo durante os exercícios CRUZEX realizados em 2013 e 2018 desempenhou um papel fundamental na instrução, consolidando os conceitos aplicados nesse tipo de operação.
O Capitão David destacou a importância de dedicar tempo e recursos ao processo de planejamento para atingir os objetivos de exercícios ou operações militares. Pontuou a identificação e aprovação de meios de coordenação, a consideração das fases de transição e a definição de procedimentos simples com base em informações seguras, oportunas e confiáveis como elementos essenciais para uma tomada de decisão eficiente.
A instrução abordou, em seguida, métodos de identificação, como controle positivo (radares, IFF/SIF, enlace de dados) e controle por procedimentos previamente acordados durante a fase de planejamento. Destacou documentos de coordenação do espaço aéreo, englobando estudos sobre telecomunicações, cobertura de detecção radar, recursos disponibilizados pelas Forças componentes, regras de coordenação, fluxo de tráfego aéreo civil e procedimentos em casos de degradação ou emergência de equipamentos, ou sistemas.
A análise ATM para exercícios de grande porte foi abordada, com ênfase nos impactos que os exercícios militares podem ter nos procedimentos de navegação aérea. Aspectos como responsabilidade de comando, recursos de controle de tráfego aéreo, posicionamento dos equipamentos, efetivo de controle civil e militar, capacidades dos usuários do espaço aéreo, prioridades de operação e processos de identificação foram detalhadamente discutidos pelo Capitão David.
Informações do DECEA
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