Novo capítulo da novela entre Qatar Airways e Airbus após recusa de pagamento de multa

A Qatar Airways se recusou a pagar à Airbus US$ 220 milhões em multas relacionadas ao cancelamento da entrega de duas unidades do A350. Segundo a companhia aérea, essa dívida não existiria, pois não houve violação do contrato por parte dela, relata o site Aviacionline.

A companhia aérea com sede no país do Golfo Pérsico disse em documentos judiciais de Londres vistos pela Bloomberg, que não quebrou seu contrato com a Airbus ao se recusar a aceitar dois do jatos. Além disso, salientou que o fabricante não explicou adequadamente como chegou a esse valor.

Para recapitular: a Qatar Airways processou o fabricante em mais de US$ 600 milhões por defeitos na pintura do A350, que levaram à parada de 21 aeronaves. No processo judicial, a companhia aérea alega que defeitos na superfície podem tornar o avião vulnerável a raios e, portanto, ter sua segurança afetada.

Além disso, a Qatar destacou que a Agência de Segurança da Aviação da União Européia (EASA), que apoiou a alegação da Airbus de que não há problema de segurança com o tipo , não realizou uma “análise completa” da situação, sugerindo sua posição de que a decisão do regulador europeu poderia ser motivada mais por questões políticas do que por questões técnicas.

A Qatar Airways também listou outras companhias aéreas que levantaram preocupações sobre o A350. Entre eles estão Finnair e Cathay Pacific, que já levantaram dúvidas sobre a pintura anos antes.

As partes também discordam sobre se a Airbus realmente investigou a causa do problema. O fabricante propôs um “patch” para um avião, o que a Qatar diz que não resolveu o problema.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

Veja outras histórias

Enfrentamento dos dilemas que limitam setor aéreo na Amazônia Legal é...

0
Presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac se reuniu com senador Alan Rick e presidentes das Fecomércios dos nove estados que compõem a região.