Conhecida veterana da Delta Air Lines, Karlene Petitt afirma que a transportadora cancelou deliberadamente um voo internacional de longa distância em 2022 para retaliá-la depois que ela levantou temores de segurança através de uma denúncia interna.
Depois disso, a pilota ficou mais conhecida por sair na mídia ao processar a empresa e vencer uma ação no ano final do passado, quando um juiz determinou que a aérea havia discriminado Petitt. Após o processo, ela se aposentou da Delta.
Segundo alegou Petit no julgamento, depois que ela fez uma denúncia interna, a Delta inventou motivos para que ela passasse por uma avaliação de saúde mental que a considerou mentalmente incapaz para o serviço. Mandada para a suspensão indeterminada, ela recebeu US$ 500 mil em compensação com o veredicto do juiz que considerou a decisão imprópria da transportadora.
Recentemente, Petit compartilhou outra situação de sua temporada na Delta. Comentando uma proposta do governo Biden de obrigar as empresas aéreas a indenizarem os passageiros em caso de atraso ou cancelamento, ela afirmou que um voo de Seattle – Amsterdã, programado para 16 de janeiro de 2022 foi cancelado como retaliação.
Roll my eyes! @Delta cancelled #Seattle to #Amsterdam on 1/16/2022, & told the #Passengers there was no FO. I was 10 min away & expecting a Greenslip with conflict. To further #retaliate against me they cancelled that flight instead of taking care of our customers. #Travel https://t.co/4v2c59k9fB
— Karlene Petitt (@KarlenePetitt) May 17, 2023
Segundo ela, a decisão da empresa, que prejudicou a todos os passageiros, teria por finalidade criar argumentos contra ela, que seria a primeira-oficial daquele voo. Ela disse ainda que estava a 10 minutos de distância do local de partida esperando por uma autorização de voo. Para essas alegações, a pilota não apresentou provas ou evidências.
Por seu lado, o presidente-executivo da Delta, Ed Bastian, reagiu a sugestão do governo dizendo que não há necessidade de regras federais para pagamento de indenizações, já que a companhia aérea toma conta de seus clientes e já cobra os custos extras.
Contudo, o Departamento de Transporte dos Estados Unidos (DOT) já indicou que planeja criar um programa que imitaria o de outros países da Europa, onde existem mais regras para regulamentar os casos de atraso e cancelamento que estejam sob controle da companhia aérea.
Resta esperar para ver se os serviços e o padrão de qualidade das companhias aéreas serão a justa indenização pelo preço a ser pago.