Criminosos voltaram a soltar balões hoje no Rio de Janeiro e a Polícia Militar interceptou um deles, que caía ao lado do Aeroporto Santos Dumont. Este é o terceiro caso em menos de um mês envolvendo balões no principal aeroporto carioca.
Apesar dos recorrentes casos, que se tornam mais frequentes em proximidade com o meio do ano e as festas juninas, as prisões por soltura de balão, que impõe um claro risco à aviação e o meio ambiente, são ainda raras e os bandidos costumam voltar a cometer o crime.
Por estarem sem controle e sem identificação, os balões podem entrar na rota dos aviões e, de maneira recorrente, tem caído em pátios de aeronaves durante o abastecimento, pegando fogo e potencializando o risco de causar um incêndio ou explosão.
Veja o momento da apreensão na Praia do Flamengo próximo da cabeceira 02 do Santos Dumont:
Na Baía de Guanabara, próximo ao Aeroporto Santos Dumont, policiais militares do Comando de Polícia Ambiental (#CPAm), durante um patrulhamento marítimo, resgataram um balão em queda. A ação de resgate foi filmada.
— @pmerj (@PMERJ) May 21, 2023
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Com a aproximação do período de festas juninas, triplica a prática de soltura de balões, uma tradição em muitas regiões do País. Com isso, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) explica a diferença entre as modalidades.
Os balões que caracterizam o risco baloeiro e comprometem a segurança de voo são aqueles não tripulados. Além de um crime ambiental, soltar balões representa um real perigo para a aviação. As consequências de uma colisão entre um balão e uma aeronave podem ser drásticas.
Eles voam sem destino: não há como controlar a altura atingida nem prever o local onde cairão. Por isso existe o risco de provocar queimadas e atingir aeronaves. O balão ecológico – que não carrega fogo – representa o mesmo risco para a segurança de voo.
A Lei de Crimes Ambientais (Lei Federal nº 9605/98) determina que “fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano” é crime, proibindo a prática no Brasil e prevendo pena de até três anos de prisão.
O cidadão que deseja realizar uma denúncia sobre tais infrações deve procurar a Polícia Militar, no 190, ou o Disque Denúncia de sua região.