Piloto voa baixo demais, causa dano de 400 mil euros ao seu caça F-18 e termina na cadeia

O Tribunal Supremo espanhol confirmou, pela segunda vez este ano, a condenação contra um piloto de F-18, que terá que cumprir uma sentença em uma prisão militar por realizar uma manobra perigosa que ocasionou danos avultados.

O incidente ocorreu em julho de 2020. Um F-18 da Ala 15 de Zaragoza estava envolvido em um exercício de rotina que estabelecia como altitude mínima de voo 300 pés, aproximadamente 100 metros.

No entanto, durante o exercício, uma das aeronaves efetuou uma manobra incomum e desceu a menos de 70 pés, cerca de 20 metros acima do solo. Consequentemente, a aeronave colidiu com a rede elétrica da área, acarretando prejuízos de quase 400.000 euros.

O avião conseguiu aterrissar em segurança e o piloto, um capitão da Força Aérea, alegou que efetuou a manobra para evitar um bando de pássaros que cruzava seu caminho. O capitão foi julgado pelo Tribunal Militar Territorial Terceiro de Barcelona, cuja jurisdição inclui as Comunidades da Catalunha, Aragão, Navarra e as Ilhas Baleares.

Em 2023, o tribunal sentenciou que o capitão era culpado de um delito contra a eficácia do serviço. A sentença foi então apelada pelo capitão ao Supremo Tribunal de Madrid, na sua sala militar, que finalmente decidiu contra o piloto.

A corte argumentou que “a detecção dos pássaros não foi confirmada e não pode justificar o não cumprimento da normativa de segurança aérea”. Agora, o capitão do F-18 terá que cumprir três meses e um dia de prisão em uma instituição militar, durante os quais será suspenso de suas funções.

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Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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