Com o objetivo de impulsionar a mão de obra na aviação civil e promover uma distribuição mais equitativa dos serviços aéreos, o governo está lançando o programa “Asas Para Todos”. Este programa, anunciado durante o evento “ESG – Práticas e Desafios no Setor Público”, é uma iniciativa conjunta do Ministério de Portos e Aeroportos, representado pela secretária-executiva Mariana Pescatori, e da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), representada pelo diretor-presidente Tiago Pereira.
Segundo informou a Agência INFRA em primeira mão, uma das principais vertentes do programa é a formação de novos pilotos e mecânicos de aviação em regiões distantes dos grandes centros urbanos, com especial atenção para a inclusão de mulheres. Para tanto, serão oferecidas 20 bolsas de estudo em parceria com a Universidade do Semiárido, além de 40 bolsas no âmbito do Pronatec.
Além disso, o programa buscará fortalecer a mão de obra no segmento de ground handling, essencial para o suporte operacional dos aeroportos, por meio de parcerias com o Sistema S. Tiago Pereira ressaltou a importância de expandir a força de trabalho para acompanhar o crescimento do setor, destacando a necessidade de atrair profissionais de diversas origens e gêneros.
O programa também contempla iniciativas para promover a inclusão de gênero e a capacitação para lidar com passageiros de diferentes perfis, incluindo aqueles com necessidades especiais ou com pouca experiência em viagens aéreas. Mariana Pescatori salientou a importância de preparar o setor para atender a uma demanda cada vez mais diversificada.
Além do programa “Asas Para Todos”, o governo está trabalhando em uma proposta para transformar o FNAC (Fundo Nacional de Aviação Civil) em um fundo financeiro semelhante ao FMM (Fundo da Marinha Mercante), visando garantir financiamento contínuo para o setor aéreo e aeroportuário. Esta medida, no entanto, requer mudanças legislativas e é considerada de longo prazo.
Para enfrentar os desafios imediatos do setor, está sendo estudada a possibilidade de utilizar o FNAC como garantia para financiamentos às empresas aéreas, visando reduzir suas dívidas e facilitar o acesso ao crédito. Essas medidas emergenciais são consideradas essenciais para apoiar o setor diante dos impactos da pandemia de Covid-19.
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