Com os bloqueios pelo ocidente, a Rússia analisa agora como fará para manter os registros válidos de mais de 700 aviões que voam no país.
Com as sanções pela invasão da Ucrânia, aviões de empresas russas estão sendo alvo de reintegração de posse, principalmente pela maioria deles ser registrada em localidades no Caribe (Bermuda e Cayman).
O motivo do registro no exterior vai além da bandeira de conveniência, já que muitas seguradoras e lessores (que são os donos reais dos aviões) não querem passar pela burocracia e risco de registrar seus aviões na Rússia, pelas questões internas voláteis.
Segundo Alina Malysheva, chefe do departamento legal do Ministério de Transportes da Rússia, existem 1.367 aviões comerciais operando no país, sendo que 793 deles estão registrados no exterior.
Em declaração à agência russa TASS, ela informou que o governo está avaliando a possibilidade de que estes aviões sejam registrados na Rússia para obter o Certificado de Aeronavegabilidade local e válido, mas sem excluir o registro no exterior, o que não pareceria uma nacionalização ou “tomada” de aeronave. Além disso, o país de Vladimir Putin propõe que o leasing dos aviões seja pago em rublos (a moeda russa) e não em dólares.
Ter aeronaves com dois registros é algo incomum mas já ocorreu em alguns países da Europa com companhias aéreas específicas, sempre de maneira pontual e temporária.
