A companhia aérea, que nasceu dentro da Boeing, pode voltar atrás e desistir do maior jato 737 já feito na história, o MAX 10.
Em 2017, a United Airlines, empresa que nasceu dentro Boeing décadas atrás, mas se tornou uma empresa independente após uma regulamentação nos EUA, encomendou 100 jatos do modelo 737 MAX 10, se tornando sua maior cliente até a data.
Esta versão estendida do 737 será a maior variante já feita do modelo, levando até 240 passageiros e sendo versão nova, ao contrário da MAX 7, MAX 8 e MAX 9, que usam fuselagens, respectivamente, do 737-700, 737-800 e 737-900, da série Next Generation.
No entanto, pode tudo ir por água abaixo, segundo a última declaração do CEO da United Airlines, Scott Kirby, que disse que o problema envolvendo o voo 1282 da Alaska com o 737 MAX 9 foi “a palha que faltava para quebrar a costa do camelo para nós”, indicando que a situação da companhia – que é a maior operadora do MAX 9 no mundo – com a Boeing já estava delicada.
Em entrevista à CNBC, ele ainda deu uma declaração bem alarmante: “Nós iremos pelo menos desenhar um plano que não tenha o MAX 10 nele”, apontando que a empresa já se prepara para mais um longo atraso da aeronave ou até pode desistir do avião, cancelando o pedido ou convertendo para as versões já certificadas MAX 8 e 9.
Vale destacar que a United já tem encomendas do Airbus A321 XLR e já opera alguns A321neo, que é o concorrente direto do Boeing 737 MAX 10 e tem hoje ampla vantagem nas encomendas. Uma mudança para mais jatos da Airbus é algo que a empresa pode fazer facilmente e sem complicar sua logística.
