As aeronaves com motores híbridos da Embraer podem não sair do papel através da Força Aérea Brasileira (FAB), mas ainda podem se tornar realidade.
O conceito STOUT, sigla em inglês para Short Take-Off Utility Transport, que traduzida para o português brasileiro significa Aeronave Utilitária de Transporte com Decolagem Curta, foi apresentado em novembro de 2020, mas cancelado semanas atrás pela própria FAB, que tinha pedido para a Embraer desenvolver o conceito.
O projeto se destaca pela sua inovação, já que é a primeira aeronave de quatro motores desenvolvida no Brasil, além de contar com um sistema híbrido de propulsão, com motores elétricos e turboélices. Sua capacidade de operar em pistas curtas e não preparadas visa substituir os atuais Embraer Bandeirante e Brasília.
Mas mesmo sem o apoio do seu principal cliente e único para o projeto, a Embraer não jogou a toalha. “Nós planejamos retomar (o projeto) assim que as condições permitirem, mesmo com parceiros diferentes, está suspenso mas não cancelado”, afirmou Jackson Schneider, CEO da Embraer Defesa & Segurança, à Flight Global.
O corte da FAB aconteceu por causa de redução de orçamento, que tem também levado a força a reduzir cada vez mais o KC-390, maior avião já feito no Hemisfério Sul, para priorizar outros projetos como o Gripen e o Airbus KC-30.