Equipes de Guias Aéreos Avançados conferem maestria tática nas alturas durante a EXCON Tápio 2023

A-29 Super Tucano durante a EXCON Tápio 2023 – Imagem: Sargento Müller Marin/ CECOMSAER

Em uma sinergia perfeitamente orquestrada, os integrantes das Equipes de Guias Aéreos Avançados (GAA) convergem suas habilidades para desdobrar uma coreografia tática impecável. Enquanto um deles comanda a embarcação aérea, o outro opera em solo firme, urdindo estratégias meticulosas e oferecendo suporte ininterrupto às tropas no campo de operações.

Este é o pano de fundo da missão incansável dos militares que compõem as respeitadas equipes de Guia Aéreo Avançado, entrelaçando as forças da Marinha do Brasil (MB), do Exército Brasileiro (EB) e da Força Aérea Brasileira (FAB) durante o Exercício Tápio.

Responsáveis por um emprego eficaz do poder de fogo aéreo, esses militares atuam nas mais diversas missões de Apoio Aéreo Aproximado e de Guiamento Aéreo Avançado, bem como na manutenção operacional e formação na área. Tudo isso com o objetivo de promover a interoperabilidade entre as Forças Armadas brasileiras e também de países parceiros.

De acordo com o Capitão Infantaria José Ivan Pedroza Bezerra Ribeiro, o Guia Aéreo Avançado é responsável por conduzir, a partir do solo, ataques de aeronaves amigas contra forças inimigas, sendo utilizado em conjunto com forças de superfícies para poder maximizar o poder de fogo aéreo e evitar danos colaterais.

Para que a missão termine bem-sucedida é necessário que os militares sejam treinados em cenários realistas. Assim, eles irão aprimorar suas habilidades em descrever alvos utilizando a comunicação por rádio e seus conhecimentos sobre parâmetros de emprego de aeronaves e armamentos para que os ataques aéreos sejam mais eficientes”, explicou o Capitão Pedroza. 

Imagem: Sargento Müller Marin/ CECOMSAER

Nesta edição do Exercício Tápio, o treinamento envolve 30 militares, entre Oficiais e Graduados das Forças Armadas Brasileiras e da Guarda Aérea Nacional do Estado de Nova Iorque (NYANG), sendo conduzido pela FAB, por meio do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (EAS) e pelo Terceiro Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação (3º/3º GAV) – Esquadrão Flecha, ambos sediados na Base Aérea de Campo Grande (BACG).

Dessa forma, durante todo o treinamento, os militares atuam de forma conjunta padronizando Táticas, Técnicas e Procedimentos (TTP”s) das três Forças, aumentando ainda mais a eficiência em operar de maneira conjunta.

Missões realizadas

Os militares habilitados para atividades desta natureza atuam em diversos tipos de missões, seja em Operações Especiais ou em proveito de Unidades Convencionais do Exército, ou do Corpo de Fuzileiros Navais e também da Armada. “Toda vez que houver alguma interação de poder aéreo com força de superfície da MB e do EB, esses militares podem ser empregados para direcionar e coordenar ataques aéreos ao solo”, explicou o Oficial. 

Umas das atividades foi realizada com o intuito de treinar os militares nas operações noturnas que exijam a utilização do óculos de visão noturna (do inglês Night Vision Goggles). “Além do rádio, para conduzir os ataques, o GAA utiliza marcadores Infravermelho para marcar alvos ou Strobo Light para marcar posições amigas“, descreveu o Capitão. 

Imagem: Sargento Müller Marin/ CECOMSAER

Aeronaves envolvidas

Durante a Operação Tápio, os militares controlam ataques realizados pelas aeronaves A-29 Super Tucano e A1-M. Assim, em caso de conflito, eles atuam identificando alvos e orientando ataques a partir do solo, visando o sucesso das missões.  

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Juliano Gianotto
Juliano Gianotto
Ativo no Plane Spotting e aficionado pelo mundo aeronáutico, com ênfase em aviação militar, atualmente trabalha no ramo de fotografia profissional.

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