A Pratt & Whitney poderá ter mais um dispêndio extra e praticamente bilionário por causa dos problemas nos motores PW1000G. Além dos pagamentos para as empresas aéreas afetadas pelos problemas na série de motores PW1000G, que equipa os jatos Airbus A220, A320neo, A321neo e Embraer E2, a fabricante americana agora terá que pagar a um grande fornecedor alemão.
A MTU Aero Engines é uma das principais fornecedoras de produtos aeronáuticos para as grandes fabricantes do setor, principalmente na parte de propulsão de aeronaves. No caso dos motores PW1000G, os 4 primeiros estágios do compressor de alta pressão e a turbina de baixa pressão são feitos pela MTU, entre outras partes, que totalizam até 18% de todos os componentes do motor, a depender da variante/aeronave utilizada.
Os problemas nos motores são causados por falhas da PW na produção e atingem quase 1.000 unidades fabricadas. Por causa disso, as entregas estão atrasadas, o que, por sua vez, causa atraso nas entregas das partes feitas pela MTU, que precisa “segurar” a produção dos seus componentes.
Isto terá um impacto direto no caixa da empresa, afirma o Chefe de Finanças da MTU, Peter Kameritsch, que disse à Reuters que a empresa está conversando com a PW para ser compensada em US$750 milhões de dólares pelos prejuízos causados pelas entregas suspensas/atrasadas.
O impacto maior no balanço financeiro da empresa em decorrência destes problemas será sentido no ano que vem e em 2025, e os investidores foram avisados sobre a situação e seus impactos nas ações.
