A situação financeira da GOL Linhas Aéreas pode ser definida nas próximas semanas, indo ou não para uma Recuperação Judicial. O prazo terminaria no início da Airline Economics Week Dublin 2024, principal conferência voltado ao leasing aeronáutico.
A informação é do Broadcast da revista Exame, que aponta que a empresa negocia com os lessores (donos dos jatos) o pagamento de uma dívida de US$1 bilhão de dólares (R$4,9 bi), que corresponde a 70% do valor do leasing de 20 jatos 737-800 que estão parados.
O AEROIN apurou paralelamente que estes são os jatos que estão ocupando a maior parte do espaço externo no Hangar de Manutenção da GOL em Confins, e que uma parte deles está com prazo de manutenção próximo, portanto, a companhia está dando prioridade por colocar em operação os 737 MAX 8 que recebe, assim como outros 737-700 e 737-800.
A revista ainda aponta que a negociação, que tem ajuda do escritório que tocou o Chapter 11 (Recuperação Judicial nos EUA) da empresa irmã Avianca Colômbia, está sendo feita individualmente com cada lessor, ao invés de uma negociação conjunta como a Azul fez com todos os credores do leasing de seus jatos.
Existe a expectativa de que as negociações terminem até o final do mês, quando o evento começa na Irlanda, mas, se isto não ocorrer, a GOL deverá pedir o Chapter 11, visando também evitar a retomada de aeronaves, ao contrário do que aconteceu com a Varig, Itapemirim e Avianca Brasil (Oceanair).
A empresa até o momento não confirmou, mas também não descartou, a entrada em Recuperação Judicial:
