Nenhum avião 737 MAX será produzido ou entregue amanhã após decisão da Boeing

Foto: Boeing

A fabricante de aeronaves Boeing anunciou que irá pausar a produção e entrega de seus aviões 737 MAX em 25 de janeiro para realizar uma parada de qualidade de um dia, em resposta aos constantes problemas de controle de qualidade que enfrenta.

A interrupção acontecerá na instalação da empresa em Renton, em Washington (EUA), onde a equipe de produção, entrega e suporte da Boeing suspenderá as operações para participar de sessões de trabalho focadas na qualidade.

De acordo com Stan Deal, chefe da Boeing Commercial Airplanes, essas sessões permitirão aos funcionários envolvidos na produção do 737 “fazer uma pausa, avaliar o que estamos fazendo, como estamos fazendo e criar recomendações para melhorias”.

Segundo informações internas, a Boeing afirma que “durante as paradas, os colegas de trabalho participarão de aprendizados práticos, reflexões e colaborações para identificar onde a qualidade e a conformidade podem ser melhoradas e criar planos de ação que serão monitorados até a finalização”. A expectativa é que a empresa implemente essas sessões em suas outras instalações, abrangendo seus demais programas de fabricação de aeronaves.

Deal também reconheceu a “significante disrupção” que a cadeia recente de problemas causou a seus clientes aéreos, afirmando ainda estar “profundamente arrependido pela significativa disrupção causada a eles, seus empregados e passageiros”. “Estamos agindo num plano de ação abrangente para devolver esses aviões com segurança ao serviço e para melhorar nosso desempenho de qualidade e entrega”, disse o executivo.

Esse anúncio faz parte de uma série de medidas que a fabricante de aviões está tomando para aumentar o controle de qualidade, após um incidente ocorrido no início de janeiro envolvendo a explosão de um plugue de porta em um 737 MAX 9 da Alaska Airlines que havia decolado de Portland, no Oregon.

O incidente levou ao aterramento de 171 MAX 9 equipados com os mesmos plugues de porta que o jato da Alaska. Os reguladores norte-americanos afirmaram que o aterramento permanecerá em vigor até que aprovem um “processo de inspeção e manutenção” que satisfaça todos os requisitos de segurança.

A Boeing tem sido alvo de críticas adicionais por parte de legisladores e reguladores após o acidente no início de janeiro, o que fez com que seus protocolos de qualidade e segurança voltassem a ser amplamente debatidos.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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