Pilotos que não se vacinarem não poderão pilotar aviões na maior empresa aérea russa

A Aeroflot, principal companhia aérea russa, suspendeu de suas funções os pilotos que se recusaram a se vacinar contra o coronavírus, informou o site de notícias RBC na segunda-feira (6). Pelo menos seis pilotos não vacinados foram colocados em licença por prazo indeterminado, disse o porta-voz da Aeroflot, Mikhail Demin.

O sindicato dos pilotos queixou-se ao CEO da Aeroflot, Mikhail Poluboyarinov, de discriminação, argumentando que comissários de bordo não vacinados e pessoal de suporte técnico não enfrentam demissões semelhantes. A carta da entidade também disse que nenhuma outra empresa aérea possui suspensões semelhantes e que a Aeroflot, que emprega 2.300 pilotos, não deveria adotar medidas punitivas, já que atingiu uma taxa de vacinação de 84% no quadro geral.

A Rússia tem lutado com taxas de vacinação mais lentas do que o esperado, apesar de ter três vacinas autorizadas e amplamente disponíveis. O ministro do Trabalho da Rússia alertou que trabalhadores não vacinados correm o risco de serem mandados em licenças não remuneradas. Ele observou, no entanto, que a lei trabalhista da Rússia não prevê demissões por recusa da vacinação.

A vacinação é voluntária no país e, embora existam três vacinas aprovadas localmente e amplamente disponíveis, apenas 39 milhões de uma população de cerca de 146 milhões foram totalmente vacinados e 46 milhões receberam pelo menos uma dose.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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