Quase 100 aeronaves com motores CFM podem estar comprometidas por peças falsificadas

A fabricante de motores a jato CFM International informou que até 96 aeronaves de modelos mais antigos do Boeing 737 e o Airbus A320, podem ser temporariamente retiradas de serviço enquanto são feitas inspeções. A fim de ter certeza de que as aeronaves estejam realmente habilitadas para voar, a possibilidade de parada temporária delas é possível.

Esse contexto é consequência das suspeitas de que o fornecedor britânico de peças AOG Technics tenha usado documentos forjados para fornecer peças de motor para essas aeronaves.

Até agora, 68 documentos suspeitos de serem falsificados já foram descobertos. a CFM está levando a AOG Technics e seu diretor Jose Zamora Yrala ao tribunal britânico por conta disso.

O advogado Matthew Reeve, da CFM, afirmou que, com a descoberta de mais documentos suspeitos, entre 48 e 96 aeronaves seriam potencialmente retiradas de serviço, e que as companhias aéreas terão que garantir que as peças sejam removidas.

A empresa, no entanto, não abordou as alegações de falsificação durante a audiência e também não respondeu a um pedido de comentário da agência de notícias Reuters.

Mesmo com a probabilidade de seus documentos serem falsificados, muitas das aeronaves Boeing 737 e Airbus 320 ainda estão em uso. Entretanto, a CFM International e as companhias aéreas têm que trabalhar juntos para garantir que os voos sejam seguros.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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